O processo de análise de bebidas com suspeita de adulteração é realizado há anos pela Polícia Científica de São Paulo, e ganhou reforço nos últimos dias devido aos recentes casos de intoxicação por metanol registrados no estado. As garrafas apreendidas passam por um rigoroso protocolo de investigação que inclui desde a verificação de rótulos e lacres até exames químicos laboratoriais para identificar substâncias tóxicas.

Segundo o governo paulista, “esse processo garante materialidade jurídica às investigações e contribuirá para a responsabilização dos envolvidos na falsificação”. A criação de um gabinete de crise, na última terça-feira (30), intensificou as medidas de combate à falsificação e distribuição ilegal de bebidas.

Os produtos apreendidos são catalogados e encaminhados ao Núcleo de Documentoscopia, responsável por detectar sinais de adulteração em rótulos, selos fiscais e embalagens. Um dos equipamentos usados é o Comparador Espectral de Vídeo, que permite identificar alterações em lacres e marcas de impressão  detalhes fundamentais para comprovar fraudes.

A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica de extrema gravidade. No organismo humano, a substância é metabolizada em produtos altamente tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico, capazes de causar cegueira e até a morte.

Os principais sintomas incluem visão turva ou perda de visão, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese intensa. Em caso de suspeita de intoxicação, as autoridades orientam procurar imediatamente atendimento médico de urgência ou entrar em contato com o Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001), que funciona 24 horas.

A operação reforça o alerta à população: comprar bebidas apenas de estabelecimentos confiáveis e observar sempre o selo fiscal e a integridade da embalagem são medidas essenciais para evitar riscos graves à saúde.



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