A vida de quem está mergulhado no universo acadêmico pode ficar mais fácil em breve. A Comissão de Educação do Senado aprovou o Projeto de Lei 1.104/2023, que cria um contrato de trabalho de natureza especial para pesquisadores em formação. A ideia é simples, mas poderosa: abrir portas no mercado de trabalho para estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado, permitindo que atuem em empresas ou instituições sem precisar abrir mão de suas bolsas de pesquisa.

O projeto foi apresentado pelo senador Weverton (PDT-MA) e recebeu parecer favorável do senador Cid Gomes (PSB-CE), que fez um substitutivo ao texto original. Com a aprovação, a proposta agora segue para uma votação em turno suplementar na própria Comissão de Educação antes de avançar para outras etapas no Senado.

De acordo com o texto, o pesquisador contratado deverá trabalhar em atividades relacionadas à área de seus estudos, podendo integrar equipes de pesquisa científica ou tecnológica. Sempre haverá a supervisão de um pesquisador titular ou equivalente, garantindo que o vínculo profissional também seja uma experiência de aprendizado.

Para os estudantes, a novidade pode representar um grande avanço. Até hoje, muitos mestrandos e doutorandos tinham que optar entre a bolsa de pesquisa ou um trabalho remunerado, o que dificultava a prática profissional e o ganho de experiência no setor produtivo. Com a mudança, será possível acumular as duas atividades, o que deve atrair mais talentos para o mundo da ciência e da inovação.

Empresas também podem se beneficiar com a medida. Ao abrir espaço para pesquisadores em formação, elas terão acesso a profissionais qualificados, atualizados com o que há de mais novo na academia e capazes de trazer soluções inovadoras para o dia a dia do setor produtivo. Essa aproximação entre universidades e empresas é vista como estratégica para o desenvolvimento científico e tecnológico do país.

Caso o projeto avance nas próximas etapas e se torne lei, a expectativa é de que novas oportunidades sejam criadas para milhares de jovens pesquisadores. Além de melhorar o ambiente de inovação, a medida também pode colaborar para reter talentos no país, evitando a chamada “fuga de cérebros”, fenômeno em que pesquisadores buscam oportunidades no exterior por falta de incentivos no Brasil.



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