O Nordeste brasileiro é um verdadeiro celeiro de sabores exóticos e nutritivos. Entre dunas, caatingas, brejos e sertões, uma variedade de frutas nativas cresce espontaneamente, carregando consigo a história, a cultura e a identidade alimentar o povo da região. Ao mesmo tempo, muitas dessas frutas são consumidas apenas na região, e ainda pouco conhecidas em outras partes do Brasil.

Descubra as frutas típicas do Nordeste brasileiro que encantam pelo sabor, valor nutricional e presença na cultura regional

Desse modo, conheça agora algumas das frutas nativas e,  as vezes, exclusivas do Nordeste que encantam moradores e visitantes:

Umbu – o “milagre da caatinga”

UMBU
UMBU foto reprodução

Símbolo de resistência do semiárido, o umbu nasce mesmo em períodos de seca. Suco, geleia, compota ou “umbuzada” com leite: não há quem resista ao sabor agridoce dessa fruta típica do sertão. Rico em vitamina C, o umbu é também fonte de renda para comunidades do interior da Bahia, Pernambuco e Piauí.

Murici – aroma forte, sabor marcante

Com polpa amarela e textura amanteigada, o murici é uma fruta de sabor peculiar que divide opiniões, mas conquista fãs fiéis. Muito utilizado em sucos, sorvetes e doces, é típico de regiões do litoral e agreste. Seu aroma intenso é inconfundível, e seu uso na culinária é considerado patrimônio afetivo.

Murici

Cajarana – a prima do cajá que só o Nordeste conhece

Pouco conhecida fora da região, a cajarana é uma variação do cajá, mas com sabor mais suave e menos ácido. Muito consumida in natura ou em forma de suco, cresce principalmente em áreas rurais do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Refrescante e rica em fibras, é uma joia da fruticultura nordestina.

Cajarana

 Araticum – o doce do sertão

Com polpa cremosa e sabor doce, o araticum é uma fruta típica da caatinga e de parte do cerrado. A princípio, também é conhecido como “marolo”, ele é usado em doces, mousses e até licores. Seus benefícios nutricionais incluem ação antioxidante e alto teor de vitaminas do complexo B.

araticum

 Jenipapo – da fruta ao licor

O jenipapo tem casca grossa e polpa escura. Contudo, pode ser, usada para fazer sucos, doces e o tradicional licor de jenipapo. Com propriedades digestivas e sabor marcante, é encontrado em diversos estados nordestinos, sendo também utilizado como corante natural.

Jenipapo no pé foto reprodução

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 A riqueza esquecida da biodiversidade nordestina

Apesar do enorme potencial econômico e nutricional, muitas dessas frutas nativas ainda enfrentam o risco do esquecimento por falta de políticas de incentivo e pesquisa. Dessa forma, organizações como a Embrapa e cooperativas regionais trabalham para preservar e valorizar essas espécies, que fazem parte do patrimônio cultural do Nordeste.

Assim, as frutas nativas do Nordeste são muito mais do que ingredientes culinários — são expressões vivas da biodiversidade brasileira. Em tempos de valorização da agricultura sustentável e dos saberes tradicionais, conhecer e consumir essas frutas é também um ato de preservação cultural.

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