O Monitor RGF de Recuperação Judicial, ferramenta que acompanha a evolução de empresas em processo de reestruturação financeira no Brasil, divulgou dados referentes ao 2º trimestre de 2025.

A princípio, o levantamento mostra que, enquanto regiões como Sul e Centro-Oeste registraram aumentos expressivos no número de pedidos de recuperação judicial (RJ), o Nordeste apresentou redução, sinalizando um cenário mais favorável para os negócios locais.

O que é o Monitor RGF e para que serve?

O Monitor RGF é um relatório especializado que mede o Índice RGF de Recuperação Judicial (IRJ), indicador que relaciona a quantidade de empresas em RJ ao total de negócios ativos no país. Dessa maneira, o objetivo é oferecer uma visão clara sobre o nível de fragilidade financeira das empresas em cada região, ajudando empresários, investidores e autoridades a entenderem melhor os riscos e a dinâmica da economia brasileira.

Nordeste apresenta queda nos pedidos de RJ

No Nordeste, o levantamento apontou 721 empresas em recuperação judicial, o que representa uma redução de 2,3% em relação ao trimestre anterior. Além disso, o IRJ regional ficou em 2,32, um dos menores do país, reforçando a resiliência dos empreendimentos nordestinos diante do cenário nacional.

Três estados se destacaram pela retração nos pedidos de recuperação judicial:

  • Bahia: queda de 15% (-22 casos)
  • Ceará: recuo de 5,6% (-4 casos)
  • Paraíba: redução de 2,9% (-1 caso)

A diminuição contrasta com o avanço registrado em outras regiões, como o Sul (+4,5%) e o Norte (+5,2%).

Cenário nacional: aumento em outras regiões

Apesar do desempenho positivo do Nordeste, o país como um todo ainda enfrenta desafios. O Sudeste concentra o maior volume absoluto, com 2.346 empresas em RJ (+1,6%), enquanto o Centro-Oeste mantém o índice mais elevado proporcionalmente, com IRJ de 2,75. Contudo, já o Rio Grande do Sul liderou o crescimento em números absolutos, com 33 novas empresas em RJ no trimestre (+7,7%).

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Importância para a Bahia e o Nordeste

Para especialistas, a redução observada no Nordeste indica que a região tem mostrado maior capacidade de adaptação frente às adversidades econômicas. Além disso, na Bahia, por exemplo, a queda expressiva de 15% pode estar relacionada a esforços de reestruturação mais eficientes e políticas locais de incentivo à atividade produtiva.

Segundo Rodrigo Gallegos, sócio da RGF, “apesar de o Sudeste ainda liderar em volume absoluto, é no Sul e no Centro-Oeste que os indicadores mais preocupam. Já o Nordeste demonstra sinais de estabilidade que merecem atenção positiva”.

Portanto, o levantamento do Monitor RGF revela que, enquanto parte do país vive um crescimento nos pedidos de recuperação judicial, o Nordeste segue em movimento contrário, apresentando redução e reforçando sua importância como um polo de resiliência econômica. Afinal, esse desempenho fortalece o ambiente de negócios na região e gera expectativas de maior estabilidade para empresas e investidores ao longo de 2025.

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