O Nordeste brasileiro consolida-se cada vez mais como protagonista nacional e internacional no setor de energias renováveis, atraindo investimentos, firmando parcerias estratégicas e promovendo a capacitação técnica de profissionais locais. No Ceará, o movimento ganhou novo impulso com a aproximação entre o Governo do Estado e a Agência Alemã de Energia (dena), referência mundial em transição energética e proteção climática.

Cooperação internacional fortalece o Ceará

Nesta semana, representantes da dena participaram da abertura do Centro de Treinamento Food & Energy da SUNfarming, em Caucaia (Região Metropolitana de Fortaleza), além de reuniões no Palácio da Abolição. Durante o encontro, a secretária de Relações Internacionais do Ceará, Roseane Medeiros, apresentou as oportunidades do estado para atração de investimentos e novas tecnologias.

“Acreditamos que essa interlocução possibilitará novas cooperações capazes de acelerar a transição energética no estado e, ao mesmo tempo, gerar empregos e capacitar mão de obra local”, afirmou Roseane Medeiros.

A iniciativa soma-se a um Memorando de Entendimento (MoU) firmado em 2024 entre o Governo do Ceará e a SUNfarming, que já resultou na instalação do centro de treinamento dedicado à energia solar, cultivo agrícola sustentável e educação técnica.

reunião de capacitação no Ceará foto divulgação

O papel da SUNfarming e do novo centro de treinamento

O Centro Food & Energy da SUNfarming, inaugurado em Caucaia, tem capacidade de 45,4 kWp e foi projetado para unir produção de energia limpa, agricultura sustentável e capacitação profissional. A estrutura funciona como laboratório prático, permitindo que estudantes e técnicos recebam treinamento em tecnologias inovadoras aplicadas às energias renováveis.

Esse modelo fortalece a economia local, prepara mão de obra qualificada e amplia as oportunidades de inserção no mercado de trabalho, integrando sustentabilidade, inovação e inclusão social.

Nordeste: um polo estratégico de energia limpa

Além do Ceará, outros estados nordestinos vêm se destacando em projetos estruturantes:

  • Rio Grande do Norte: maior produtor de energia eólica do Brasil, com mais de 200 parques em operação;
  • Bahia: referência em parques híbridos, que combinam energia solar e eólica, além de grandes investimentos em hidrogênio verde;
  • Pernambuco: pioneiro na instalação de usinas solares flutuantes e na formação de polos de pesquisa em energia limpa;
  • Piauí e Maranhão: expansão acelerada de projetos solares em regiões de grande potencial de irradiação;
  • Paraíba e Alagoas: investimento crescente em parques solares e em programas de incentivo à geração distribuída.

Essa rede de projetos reforça a imagem do Nordeste como vitrine energética do Brasil, não apenas pela produção em larga escala, mas também pela integração com iniciativas de capacitação, inovação e transferência de tecnologia.

Perspectivas e impactos sociais

A expectativa é que, nos próximos anos, os projetos de energia renovável no Nordeste atraiam bilhões em investimentos e consolidem a região como hub estratégico para a transição energética global. Além da segurança energética, os impactos sociais são expressivos: geração de empregos, formação de mão de obra especializada e fortalecimento da economia regional.

Portanto, segundo especialistas, a cooperação internacional — como a estabelecida entre o Ceará e a Alemanha — também é fundamental para o compartilhamento de boas práticas, adoção de tecnologias de ponta e promoção de uma economia mais verde e inclusiva.

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