Close Menu
    Notícias mais visualizadas

    Galdino devolve LDO 2026 com vetos ao governador e nega “enfrentamento”

    20 de agosto de 2025

    47º Encontro Nacional dos Folguedos celebra a cultura popular no Piauí

    20 de agosto de 2025

    Conheça os nordestinos no time Brasil no mundial de surfe

    20 de agosto de 2025

    lançamento de curta em João Pessoa ultrapassa fronteiras partidárias

    20 de agosto de 2025

    Nordeste terá mais internet de qualidade em zonas rurais; conheça

    19 de agosto de 2025
    Facebook Instagram YouTube WhatsApp RSS
    • Anuncie Aqui
    • Quem Somos
    • Parcerias
    • Fale Conosco
    Instagram YouTube
    Nordeste Informa
    • Brasil
    • Nordeste
      • Alagoas
      • Bahia
      • Ceará
      • Maranhão
      • Paraíba
      • Pernambuco
      • Piauí
      • Rio Grande do Norte
      • Sergipe
    • Cultura
    • Esportes
    • Vídeos
    • Eventos
    • Colunistas
    Nordeste Informa
    Início » Limpeza na casa dos mortos
    Piauí

    Limpeza na casa dos mortos

    20 de agosto de 202513 Minutos de Leitura
    WhatsApp Facebook Twitter LinkedIn Email Telegram Copy Link


    Assim que pisou no apartamento na Vila da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, o empresário Paulo Ferreira da Silva sentiu uma “energia pesada”. A sensação, segundo ele, era espiritual, embora sua origem fosse material: o cadáver de uma mulher de 75 anos que acabara de ser retirado de um dos aposentos. O vídeo de pouco menos de 30 segundos que Ferreira gravou no local mostra uma mancha escura no colchão sobre o qual o corpo passou seis meses em processo de decomposição. Vê-se uma cadeira de metal junto à cama. Era ali, supõe Ferreira, que a filha farmacêutica de Maria Auxiliadora se sentava para aplicar produtos à base de formol no cadáver de sua mãe, na vã tentativa de preservá-lo.

    “História macabra”, diz Ferreira. O caso foi amplamente noticiado pela imprensa: o corpo de Maria Auxiliadora foi descoberto em setembro do ano passado, quando a filha passou mal na casa e teve de chamar o Samu. Os socorristas foram investigar o cheiro forte que vinha do quarto e se depararam com a mulher morta.

    Ferreira fez o vídeo no apartamento dias depois. Restos mortais são, afinal, parte do seu negócio. Ele é sócio da Attuale Brasil, uma das poucas empresas do país que se dedica a higienizar ambientes contaminados por cadáveres, retirando do local pele, sangue, secreções e outros resíduos desagradáveis. Na indústria especializada – sim, existe uma –, esse serviço é chamado de limpeza pós-morte, limpeza de trauma ou limpeza forense. Ferreira só não aceita que a palavra “faxina” seja empregada para definir o que ele faz: “Quando você fala que é faxina, as pessoas acabam diminuindo o nosso trabalho.”

    Com sede em São Paulo e filiais no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a Attuale não faz a retirada do corpo, tarefa que em geral fica a cargo do Instituto Médico Legal (IML). A empresa cuida só do ambiente. Maria Auxiliadora morreu de causas naturais, mas a Attuale também limpa cenas de homicídio e suicídio. Seus profissionais entram em campo depois de concluídos os trabalhos da polícia forense – com a qual, aliás, não mantêm contato: são clientes privados que buscam a empresa. Para a descontaminação do apartamento na Vila da Penha, Ferreira foi contratado pela neta da falecida, filha da farmacêutica que por meses manteve o corpo de Maria Auxiliadora escondido no quarto.

    Quando Ferreira e três funcionários seus entraram em ação, os vestígios da decomposição já haviam secado, incrustando-se no chão. A limpeza durou seis dias, o maior tempo que a empresa permaneceu em um só lugar. O piso de tacos teve de ser arrancado; todos os móveis do quarto foram desmontados; todos os itens contaminados foram incinerados – incluindo o colchão. 

    Quase um ano depois, a história ainda assombra o profissional da limpeza forense. “Me arrepia, ó”, diz Ferreira, exibindo o antebraço para a câmera do computador durante a entrevista por vídeo que concedeu à piauí. O caso o perturbou principalmente por causa do mistério não esclarecido: por que a filha de Maria Auxiliadora tentou preservar o corpo da mãe? Mesmo assim, Ferreira e sua equipe conseguiram honrar o lema da empresa: “Limpamos como se nada tivesse acontecido.”

    Paulo Ferreira da Silva nasceu em São Paulo, tem 48 anos e é formado em administração de empresas. Só resolveu montar o próprio negócio depois de trabalhar duas décadas como servidor público estadual no sistema Faesp Senar (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo/Serviço Nacional de Aprendizado Rural). Fundou a Attuale Brasil em 2010. No ano anterior, ele havia feito um curso de três meses em uma empresa americana de limpeza forense, a Steri-Clean, em Sacramento, na Califórnia – por sorte, Ferreira tinha um parente na região, que o hospedou nessa temporada. Nos Estados Unidos, o setor de limpeza pós-morte é bem mais vigoroso do que no Brasil. Há empresas com filiais espalhadas pelo país inteiro, oferecendo atendimento 24 horas.

    Apesar de sua formação em limpeza pós-morte, Ferreira não se lançou de imediato nesse complicado ofício. De início, a Attuale fazia a limpeza de obras. A demanda da construção civil, porém, ficou abaixo do esperado. Ferreira e sua sócia, Michele Cheres – que entrou na empresa poucos meses depois da sua criação, ainda em 2010 – começaram a buscar alternativas para diversificar seus serviços. Em meados de 2012, decidiram-se pela desinfecção de ambientes contaminados por cadáveres, serviço que pode custar até 8 mil reais ao cliente, a depender da situação do local.

    Ferreira não se limita ao trabalho de escritório. Ele bota a mão na massa – mais precisamente, em materiais biológicos de risco: sangue, fezes, gordura, vômito, saliva, sobras de pele. O desafio maior é lidar com o necrochorume, termo técnico que designa os líquidos expelidos pelo cadáver putrefato. Bactérias e fungos começam a decompor o corpo após a morte, processo que com o tempo leva à liquefação de tecidos e órgãos. Idealmente, o trabalho desses agentes necrófagos só chegará a seu estágio avançado quando o morto já estiver fechado no caixão. Ou será interrompido bem antes pela incineração. Mas às vezes a decomposição se dá em uma casa ou apartamento fechado. Quando o corpo é afinal encontrado, empresas como a Attuale Brasil são chamadas em caráter de urgência.

    Muitas vezes, é o fedor de podridão que alerta vizinhos e funcionários de um condomínio para o morador solitário que faleceu há semanas. Em casos extremos que lembram filmes de terror trash, a descoberta ocorre quando o necrochorume começa a se infiltrar no chão. Em um dos atendimentos de Ferreira, o líquido pingava sobre o armário da vizinha que morava abaixo da pessoa morta. Todas as roupas dela foram para o lixo.

    Das cidades em que a Attuale oferece seus serviços, o Rio de Janeiro é considerada a mais difícil. Isso porque, segundo Ferreira, os profissionais encarregados da remoção do corpo não são muito qualificados. Não é raro que alguém deixe para trás vestígios do corpo, como um pedaço do couro cabeludo descolado do crânio.

    A ideia de montar uma empresa de desinfecção de ambientes já havia sido aventada pelo pai de Clícia Mulet, mas foi preciso uma tragédia para levar a família a se arriscar no empreendimento: em 2018, um tio de Mulet faleceu sozinho em sua casa, na Zona Leste de São Paulo, e o corpo só foi descoberto três dias depois, sentado no sofá da sala. Para agravar a situação, a morte se deu no auge do verão. O cheiro no interior da casa era insuportável. Uma tia e uma prima de Mulet se encarregaram de desinfetar o lugar, embora não tivessem qualquer experiência nesse tipo de serviço. “Ficou muito fluido corporal, sangue e gordura. E elas fizeram a limpeza do jeito que sabiam naquela época”, conta.

    Com esse incentivo tétrico, a família uniu o útil ao desagradável e em 2019 fundou uma concorrente da Attuale Brasil em São Paulo: a Biodecon. Tal como Ferreira, Mulet, hoje com 34 anos, fez cursos especializados nos Estados Unidos para aprender técnicas de limpeza de resíduos humanos. Ela não quis dizer à piauí o nome da instituição onde aprendeu seu ofício –“por causa da concorrência”, alegou –, mas em entrevistas anteriores afirmou ter se inscrito na American Bio Recovery Association, em New Jersey, uma das principais associações americanas do ramo.

    Embora esteja há apenas seis anos no ofício – menos da metade do tempo de atuação de Ferreira na Attuale –, Mulet já esfregou material biológico por toda São Paulo. Conta que trabalhou em condomínios de luxo e em comunidades. Mas o serviço não é barato: na Biodecon, ninguém sai de casa por menos de 4 mil reais. São altos os gastos com equipamentos de proteção, produtos de limpeza hospitalar e mão de obra especializada (cada atendimento exige a participação de no mínimo três funcionários). 

    A Biodecon é muito ativa no Instagram, rede onde conquistou 233 mil seguidores. Um dos vídeos mais populares, com mais de 5 milhões de visualizações, mostra Mulet paramentada com máscara e macacão branco, limpando o quarto onde foi encontrado o corpo de uma idosa em sua cama. “O mais intrigante da situação é que as janelas do local estavam todas lacradas com fita adesiva. Ou seja, ela sabia que ia partir e não pediu mais ajuda”, narra Mulet no vídeo, que tem como fundo musical a melosa Heartbreak Anniversary, canção do norte-americano Giveon. No colchão que ela aparece preparando para o descarte, o necrochorume deixou uma grande mancha escura – uma imagem similar àquela registrada por Ferreira no quarto de Maria Auxiliadora.

    Ninguém espera um dia precisar recorrer a especialistas para dar conta do material orgânico deixado por uma pessoa querida. Do mesmo modo, quem não é da área pode achar difícil acreditar que alguém deseje ganhar a vida limpando o local onde aconteceu um crime, um suicídio ou a morte de uma pessoa que levou dias para ser encontrada. Quem exerce essa profissão, no entanto, cultiva o senso de missão de quem faz um trabalho difícil mas muito necessário. Como diz outro lema da Biodecon: “Limpamos o que outros não devem, não podem ou não querem fazer.”

    Os representantes de serviços de limpeza pós-morte com que a piauí conversou são também muito competitivos. Sem citar nomes de pessoas ou empresas, acusam a concorrência de práticas desleais, como copiar técnicas de outros profissionais. Disputas de mercado à parte, Ferreira e Mulet têm muito em comum. Ambos se definem como maníacos da limpeza, possuídos pela obsessão de vencer as mais entranhadas e insalubres sujeiras. E falam com desassombro dos aspectos mais árduos e repugnantes do ofício.

    O equipamento de proteção individual (EPI) de quem faz limpeza forense não deixa nenhuma parte do corpo exposta. Para evitar contaminação com resíduos do cadáver, a roupa cobre até a cabeça – é o chamado macacão hazmat (de “hazardous materials”, ou materiais perigosos). Os profissionais também usam máscara, duas luvas (a primeira delas bem fina, coberta pela segunda, mais robusta, presa com uma fita adesiva no punho) e plásticos de proteção sobre os sapatos, a fim de impedir que materiais indesejados grudem na sola.

    Esses complicadores explicam por que a limpeza especializada exige equipes de no mínimo três pessoas. E o trabalho pode se estender por dias. A Attuale Brasil ainda emprega um laboratório para examinar o material que sua equipe recolhe nas superfícies do ambiente onde trabalhou. Quando os testes não detectam resquícios biológicos perigosos nas amostras, o serviço está completo. Se o resultado for positivo para contaminação, será preciso esfregar e desinfetar ainda mais. A responsabilidade pelo descarte de itens contaminados encontrados no ambiente também é das empresas, que levam tudo até locais autorizados a receberem lixo biológico.

    A Attuale e a Biodecon às vezes trabalham onde ninguém morreu. Seus serviços costumam ser requisitados por acumuladores – pessoas que guardam compulsivamente todo o tipo de tralha, até o ponto de a residência ficar inabitável. Embora seja tecnicamente mais simples do que a limpeza que envolve morte, esse trabalho é bem mais cansativo: a equipe tem de retirar toneladas de lixo das casas – e não é hipérbole: são mesmo toneladas. Se as larvas estão muito presentes onde há cadáveres, na casa dos acumuladores as baratas roubam a cena. A fartura de lixo favorece a proliferação desses insetos.

    Parentes dos mortos não acompanham a limpeza forense, mas o acumulador costuma estar presente quando a equipe recolhe tudo o que ele juntou ao longo de anos. É preciso sensibilidade para lidar com a situação, pois a acumulação costuma ser um sintoma de depressão, TOC ou outros transtornos psiquiátricos. Muitas vezes, o cliente observa o trabalho com um misto de vergonha por ter juntado tanta coisa inútil e de angústia por ter de se desfazer de tudo que estava guardando.

    De vez em quando, acontece das duas coisas se unirem em um único chamado: um acumulador compulsivo morre sozinho em casa, seu corpo é descoberto algum tempo depois e a empresa é chamada para a realizar a desinfecção do local.

    Quem trabalha em limpeza forense não lida apenas com a morte. A solidão é uma realidade constante. Quando a causa da morte não é violenta, quase sempre os serviços são realizados na residência de pessoas que não tinham companhia e por vezes nem vida social ativa.

    Evento comum nas metrópoles de todo o mundo, a morte domiciliar sem amparo converteu-se em um fenômeno social especialmente importante no Japão, onde uma média de 40 mil pessoas morrem sozinhas em suas casas a cada ano. Em geral, trata-se de pessoas alienadas da família e sem vínculos com colegas ou vizinhos. Criou-se até um termo específico para designar a morte solitária: kodokushi. A indústria japonesa da limpeza pós-morte e funções adjacentes é gigantesca. Entram aí os chamados “organizadores de patrimônio”, que assessoram os herdeiros na divisão dos pertences de valor do falecido e no descarte do que não presta. A principal associação da área congregava 60 mil membros em agosto do ano passado – e espera chegar aos 100 mil.

    Não há dados sobre a morte solitária no Brasil, mas obviamente essas ocorrências tendem a crescer quando aumenta o número de pessoas morando sem companhia. A última Pesquisa por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) revelou que em 2023 18% dos lares brasileiros eram ocupados por uma só pessoa. Na pesquisa anterior, de 2012, a parcela era de 12,2%.

    Junte um punhado de carne crua com um ovo também cru. Tempere generosamente com alho e vinagre. Guarde a mistura em um pote fechado. Deixe repousar por três ou quatro dias, se possível ao sol. Então abra o pote, coloque o nariz sobre o conteúdo e inspire profundamente.

    Paulo Ferreira diz que esse nada recomendável experimento caseiro pode dar uma ideia aproximada do miasma que impregna a sala onde um corpo humano permaneceu por dias. E a experiência real ainda é bem pior, garante o proprietário da Attuale Brasil. Em mais de uma década trabalhando nesses locais, ele nunca conseguiu se acostumar ao cheiro da morte. Clícia Mulet tem a mesma dificuldade.

    Item obrigatório na limpeza forense, a máscara oferece proteção contra agentes biológicos perigosos, mas não filtra cheiros. Uma camada de pasta de mentol aplicada ao redor das narinas serve apenas como paliativo: o odor de putrefação é invasivo e agressivo. Pode permanecer por dias na memória olfativa.

    Esse odor pungente talvez possa ocupar a função que cabia à figura da caveira em quadros de mestres como Caravaggio e Holbein: é um lembrete sensorial de que um dia vamos morrer – um memento mori, na expressão em latim. Para Ferreira, porém, o cheiro da morte evita que o cotidiano banalize sua atividade. Serve para lembrá-lo do compromisso que tem com os mortos e vivos. Por trás de toda limpeza, está alguém que morreu e deixou pessoas que agora estão lidando com o luto.





    Source link

    Siga nosso Instagram
    Compartilhar. WhatsApp Facebook Twitter LinkedIn Email Copy Link
    AnteriorProjeto de Lei contra erotização infantil avança na Alepe após aprovação unânime na CCLJ
    Próximo 47º Encontro Nacional dos Folguedos celebra a cultura popular no Piauí

    Notícias Relacionadas

    “Quero que minha música seja relevante”

    19 de agosto de 2025

    “Descobri que minhas leituras eram tóxicas”

    18 de agosto de 2025

    Violência interrompe infância nas áreas pobres do Rio

    16 de agosto de 2025

    Condenado por estupro, mas livre para clinicar

    15 de agosto de 2025
    Notícias mais Visualizadas

    Ministro da Saúde desembarca em João Pessoa na próxima terça

    2 de agosto de 2025Por Nordeste Informa

    Prefeitura de João Pessoa abre vagas para cursos profissionalizantes; veja quais

    10 de maio de 2025Por Nordeste Informa

    Estado do Nordeste acelera projeto “Zero Lixões” e encerra quase 40 lixões na região

    29 de abril de 2025Por Nordeste Informa

    Maria Bonita: A Rainha | O Cangaço na Literatura | #278

    10 de maio de 2025Por Nordeste Informa

    ASTRONAUTA A HISTÓRIA DA MÚSICA VIRAL DA INTERNET APÓS 25 ANOS DE ORIGEM.

    15 de março de 2025Por Nordeste Informa

    Inscreva-se para receber atualizações

    Fique por dentro das últimas notícias e tendências em tempo real.

    O Jornal Digital do Nordeste Brasileiro.
    Compromisso com a Realidade dos Fatos.

    Conecte-se conosco:

    Instagram YouTube
    Notícias em Alta

    Galdino devolve LDO 2026 com vetos ao governador e nega “enfrentamento”

    20 de agosto de 2025

    47º Encontro Nacional dos Folguedos celebra a cultura popular no Piauí

    20 de agosto de 2025

    Limpeza na casa dos mortos

    20 de agosto de 2025
    Newsletter

    Inscrevas-se para atualiações

    Fique por dentro das últimas notícias e tendências em tempo real.

    Nordeste Informa
    • Quem Somos
    • Anuncie Aqui
    • parcerias
    • Fale Conosco
    • Política de Privacidade
    © 2025 | Portal de Notícias Nordeste Informa - Compromisso com a Realidade dos Fatos | Todos os Direitos Reservados.

    Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc para cancelar.

    Utilizamos cookies para oferecer a melhor experiência em nosso site. Ao continuar a navegação, consideramos que você concorda com o uso desses cookies.ACEITOPolítica de Privacidade