Matéria do jornal O Globo mostra casos de sucessos em locais do Sertão.

Enquanto os termômetros no sertão nordestino marcam mais de 31°C antes mesmo do meio-dia, um fenômeno curioso está transformando a pecuária leiteira da região: vacas holandesas, acostumadas ao clima temperado da Europa, estão se adaptando – e produzindo cada vez mais leite – graças a tecnologias de climatização.

Matéria do jornal O Globo mostra o caso de Arinilson Macena, produtor de Limoeiro do Norte (CE), que virou um exemplo. Seu galpão com ventilação e aspersores de água mantém a temperatura em 25°C, permitindo que suas vacas holandesas produzam 30,9 litros de leite por dia, contra os 18 litros que obtinha com raças mais rústicas, como a girolando.

Por que investir em vacas europeias no Nordeste?

Fator Impacto
Maior produtividade Vacas holandesas produzem até 70% mais leite que raças adaptadas ao calor.
Tecnologia de conforto Sistemas de resfriamento (ventilação + aspersão) reduzem o estresse térmico.
Apoio financeiro Banco do Nordeste liberou R$ 2,6 bi em crédito para pecuária leiteira em 2024.
Crescimento regional Produção de leite no NE cresceu 6% em 2024, acima da média nacional (3%).

Os desafios (e soluções) da pecuária leiteira no Sertão

Contudo, apesar do potencial, criar animais europeus no Nordeste exige investimento em infraestrutura:

✅ Galpões climatizados (com ventilação e umidade controlada)
✅ Sombra e água fresca (para evitar estresse térmico)
✅ Nutrição reforçada (já que o metabolismo acelera no calor)

Empresas como a Alvoar Lácteos têm impulsionado o setor, distribuindo R$ 85 milhões em financiamentos para modernização.

Ordenha vacas leiteiras
Ordenha de vacas leiteiras. Foto: Emater-MG

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O Futuro do Leite no Nordeste

De acordo com Armindo Neto, diretor da Alvoar, a região é “a bola da vez” no agronegócio leiteiro, com produtores expandindo de 20 mil para 40 mil litros/dia. O Banco do Nordeste também ampliou linhas de crédito, especialmente para agricultura familiar.

“Dinheiro, tem. O desafio é viabilizar projetos que tragam conforto animal e eficiência”, afirma Neto.

Uma Revolução no Semiárido

Em suma, o Nordeste está provando que, com tecnologia e gestão, até vacas acostumadas ao frio europeu podem se adaptar. E dessa forma, prosperar sob o sol do sertão. Afinal, os números mostram: o leite quente (e de qualidade) está fluindo cada vez mais.

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