João Pessoa além das tradicionais paisagens litorâneas que encantam turistas de todo o país, a capital da Paraíba tem um polo de ecoturismo e preservação ambiental que pode ser mais explorado pelos visitantes. Entre trilhas, recifes submersos e fragmentos de Mata Atlântica no coração da cidade, três Unidades de Conservação Estaduais se destacam como opções sustentáveis de lazer e educação ambiental: o Refúgio da Vida Silvestre Mata do Buraquinho, o Parque Estadual das Trilhas e a APA Naufrágio Queimado.

O lado mais verde de João Pessoa

Segundo o Ranking Bright Cities ISO 37120 de 2024, João Pessoa é a 33ª cidade mais sustentável entre 319 municípios brasileiros analisados com mais de 100 mil habitantes. Isso demonstra o comprometimento da capital com uma gestão ambiental eficiente, que valoriza tanto a biodiversidade quanto a qualidade de vida da população.

Mata do Buraquinho Fotos Rossini Dantas

Refúgio da Vida Silvestre Mata do Buraquinho

Criado em 2014, o Refúgio Mata do Buraquinho possui 517,8 hectares e é considerado um dos fragmentos urbanos de Mata Atlântica mais bem preservados do Brasil. O local abriga o Jardim Botânico Estadual e a superintendência do IBAMA na Paraíba.

Com trilhas ecológicas, atividades de observação de aves e programas de educação ambiental, o espaço é ideal para famílias, estudantes e pesquisadores. Espécies como tamanduaí, orquídeas raras e árvores centenárias fazem parte do ecossistema local.

Parque Estadual das Trilhas

Instituído em 2017, o Parque Estadual das Trilhas ocupa uma área de 578 hectares de Mata Atlântica no bairro de Gramame. Próximo ao Centro de Convenções, o local se tornou um ponto de encontro para amantes da natureza e esportes ao ar livre, como arvorismo, canoagem e caminhadas.

Com infraestrutura adaptada para visitantes, o parque é uma alternativa para quem deseja explorar a natureza dentro do perímetro urbano.

APA Naufrágio Queimado

A Área de Proteção Ambiental Naufrágio Queimado foi criada em 2018 e cobre 42.269 hectares de área marinha entre os municípios de João Pessoa e Cabedelo. Além de proteger 19 formações recifais e centenas de colônias de corais, a região é ponto de interesse para mergulhadores que exploram os destroços dos navios Alice, Alvarenga e Queimado.

O local também serve de habitat para o peixe-mero, uma espécie ameaçada de extinção, e é fundamental para a conservação da biodiversidade marinha.

Mergulho Foto Acervo CEPAN UFPB

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Unidades de Conservação de João Pessoa

Unidade de Conservação Ano de Criação Área (ha) Localização Atrativos principais
Refúgio da Vida Silvestre Mata do Buraquinho 2014 517,8 Bairro dos Estados Jardim Botânico, trilhas, observação de aves
Parque Estadual das Trilhas 2017 578,5 Gramame / Centro de Convenções Caminhadas, canoagem, educação ambiental
APA Naufrágio Queimado 2018 42.269 (marinha) Litoral entre Cabedelo e João Pessoa Mergulho, recifes artificiais, fauna marinha

Ecoturismo e economia verde

As unidades de conservação vão além da proteção ambiental: elas promovem uma economia verde, com geração de empregos em atividades como turismo ecológico, guias ambientais, educadores e pequenos comércios locais. Passeios guiados, trilhas, piqueniques e atividades educativas movimentam a economia ao mesmo tempo em que educam para a sustentabilidade.

Iniciativas sustentáveis e educação ambiental

A Secretaria de Meio Ambiente da Paraíba (Semas) tem investido em ações como o Agente Jovem Ambiental (AJA) e o programa Voluntários em Ação, que mobiliza escoteiros e jovens para práticas ambientais.

Outros programas, como o Paraíba Mais Verde, também reforçam o compromisso com a sustentabilidade, atuando em frentes como arborização urbana, recuperação de ecossistemas, regularização ambiental rural e restauração de áreas degradadas.

Ao completar 440 anos, João Pessoa mostra que é possível aliar história, urbanização e meio ambiente. Os atrativos naturais e as políticas de preservação transformam a capital em referência de turismo consciente no Nordeste, indo muito além de suas belas praias.

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