A Câmara Municipal de Mombaça desaprovou, por 11 votos a 2, as contas referentes ao exercício financeiro de 2020 do ex-prefeito Ecildo Evangelista Filho (MDB). A decisão contraria o parecer do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE), que havia aprovado as contas com ressalvas.
Dos 13 vereadores que compõem o Legislativo municipal, apenas dois seguiram o entendimento do TCE e votaram a favor do ex-gestor, enquanto os outros 11 optaram por rejeitar o relatório. Antes da votação em plenário, a Comissão de Orçamento, Finanças, Controle e Fiscalização da Câmara já havia se posicionado pela desaprovação. O relator do processo, vereador Professor Ennio Fragoso (Republicanos), apresentou o parecer desfavorável, que foi acompanhado pelo presidente da comissão, Lucas Almeida (Republicanos). A vereadora Carol Evangelista (MDB) foi a única a discordar da recomendação.
Com a decisão da Câmara, Ecildo Filho poderá ficar inelegível pelos próximos oito anos, o que pode impactar diretamente seu futuro político.
Ex-prefeito alega perseguição política
Diante da rejeição de suas contas, Ecildo Filho que é o atual Secretário Executivo da Proteção Social do Governo do Ceará, divulgou uma nota contestando a decisão e atribuindo-a a uma suposta perseguição política. O ex-gestor ressaltou que suas contas foram aprovadas por unanimidade pelo TCE e que a votação na Câmara desconsiderou aspectos técnicos e o direito à ampla defesa.
“A decisão tomada na Câmara Municipal foi meramente política, sem base técnica, e reflete interesses partidários. Sigo com a consciência tranquila, pois sei que me dediquei ao máximo pelo bem da nossa população, especialmente em 2020, durante a pandemia da Covid-19”, afirmou.
O ex-prefeito também declarou que irá recorrer judicialmente para reverter a decisão. “Faço este esclarecimento para que todos saibam da perseguição injusta que estou sendo alvo. Entrarei na Justiça para anular a decisão eivada de vícios”, concluiu.
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