
As pesquisas feitas por professores e alunos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) têm ganhado os holofotes do país. Elas encontraram uma forma mais rápida para identificar metanol em bebidas, o que pode ajudar o país no combate a falsificações.
Até mesmo o presidente da Câmara Federal, o paraibano Hugo Motta (Rep), surfou na descoberta, compartilhando a informação sobre a pesquisa em suas redes sociais. Uma reunião foi articulada por ele com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A conquista, porém, não foi a única.
Semana passada a universidade também ganhou destaque no ranking internacional de cientistas mais influentes do mundo, publicado pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, com o professor Rômulo Alves. Já o Nutes também é referência nacional em tecnologias para a Saúde.
Os bons resultados contrastam com a falta de reconhecimento da importância da instituição para o Estado da Paraíba. Atualmente professores fazem greve pedindo melhorias salariais e o pagamento de R$ 75 milhões em progressões; além do cumprimento da Lei de Autonomia Financeira.
A categoria diz que desde 2021 o Governo do Estado não repassa os 3% previstos na legislação. Recursos que poderiam aprimorar as pesquisas realizadas e ampliar conquistas.
Dias atrás os docentes se reuniram com representantes do Governo e apresentaram a pauta de reivindicações. Os auxiliares do Planejamento e Ciência e Tecnologia ficaram de analisar os pleitos e dar prosseguimento às negociações. Mas ainda não há informação sobre quando e em quais termos esses avanços irão acontecer.
A paralisação completa nesta segunda-feira (06) duas semanas. Mas há tempos a universidade encontra-se de “pires na mão”. Com orçamento apertado, pouquíssimas Emendas parlamentares, mas com o trabalho contínuo de pesquisadores que colocam a universidade em um lugar de destaque nacional.