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    Início » A surpreendente história do ‘anjo da guarda’ de Van Gogh
    Brasil

    A surpreendente história do ‘anjo da guarda’ de Van Gogh

    23 de março de 20259 Minutos de Leitura
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    Detalhe do retrato do carteiro com fundo florido

    Crédito, Cortesia do Museu de Belas Artes de Boston

    Legenda da foto, No momento mais difícil e turbulento da sua vida, Van Gogh recebeu o apoio de um amigo improvável, Joseph Roulin, um carteiro em Arles
    Article information

    • Author, Deborah Nicholls-Lee
    • Role, BBC Culture
    • 22 março 2025

    Uma rara figura de estabilidade durante os dois anos mentalmente turbulentos de Van Gogh em Arles, no sul da França, Roulin garantiu que ele fosse atendido em um hospital psiquiátrico, e o visitou enquanto estava lá, escrevendo ao irmão do artista, Theo, para atualizá-lo sobre sua condição.

    Ele pagou o aluguel de Van Gogh enquanto o artista estava internado, e passou o dia inteiro com ele quando recebeu alta, duas semanas depois.

    “Roulin… tem uma gravidade silenciosa e uma ternura por mim como um soldado veterano poderia ter por um mais jovem”, Van Gogh escreveu para Theo em abril do ano seguinte, descrevendo Roulin como “uma alma tão boa, tão sábia e tão repleta de sentimentos”.

    'Carteiro Joseph Roulin',  obra de Van Gogh, de 1888

    Crédito, Cortesia do Museu de Belas Artes de Boston

    Legenda da foto, Retrato do carteiro Joseph Roulin, obra de Van Gogh, de 1888 — Roulin era um amigo próximo e fiel aliado do artista

    A exposição Van Gogh: The Roulin Family Portraits (Van Gogh: Os Retratos da Família Roulin, em tradução livre) presta uma homenagem a esta relação comovente. A mostra, que será aberta no Museu de Belas Artes de Boston, nos Estados Unidos, em 30 de março, vai seguir para o Museu Van Gogh de Amsterdã, coorganizador da exposição, em outubro.

    Esta é a primeira exposição dedicada aos retratos de todos os cinco membros da família Roulin. Ela apresenta mais de 20 pinturas de Van Gogh, junto a obras de artistas que foram influências importantes para o pintor, incluindo os mestres holandeses do século 17 Rembrandt e Frans Hals, e o artista francês Paul Gauguin, que viveu por dois meses com Van Gogh em Arles.

    “Muito do que eu esperava com esta exposição é uma história humana”, afirmou Katie Hanson, cocuradora do Museu de Belas Artes de Boston, à BBC.

    “A exposição realmente destaca que Roulin não era apenas um modelo para ele — era alguém com quem ele desenvolveu um vínculo muito profundo de amizade.”

    O relacionamento tumultuado de Van Gogh com Gauguin e a desavença entre eles, que provavelmente precipitou o incidente com a orelha, tendem a ofuscar sua narrativa, mas Roulin ofereceu algo mais constante e descomplicado.

    Vemos isso nos retratos — a honestidade com que ele retribui o olhar de Van Gogh, e o respeito e a afeição mútuos que irradiam da tela.

    Uma vida nova em Arles

    Van Gogh se mudou de Paris para Arles em fevereiro de 1888, acreditando que a luz mais brilhante e as cores intensas melhorariam sua arte, e que os sulistas eram “mais artísticos” na aparência, e temas ideais para pintar.

    Hanson enfatiza como Van Gogh estava “aberto às possibilidades” nessa época, e sua sensação, que ainda hoje pode ser percebida, de ser um rosto novo na cidade.

    “Não precisamos descobrir o trabalho da nossa vida na primeira tentativa; também podemos estar buscando e procurando nossa próxima direção, nosso próximo lugar”, diz ela. E é com este espírito que Van Gogh, um recém-chegado com “um coração enorme”, abraçou novas conexões.

    Retrato de Roulin, de 1888, de autoria de Van Gogh

    Crédito, Cortesia do Museu de Belas Artes de Boston

    Legenda da foto, Este retrato de Roulin, de 1888, estará em exibição na mostra Van Gogh: The Roulin Family Portraits

    Antes de se mudar para a casa amarela ao lado, hoje tão conhecida por dentro e por fora, Van Gogh alugou um quarto acima do Café de la Gare.

    O bar era frequentado por Joseph Roulin, que morava na mesma rua e trabalhava na estação de trem da vizinhança, supervisionando o carregamento e o descarregamento de correspondências.

    Sentindo que seu ponto forte era a pintura de retratos, mas com dificuldade de encontrar pessoas que posassem para ele, Van Gogh ficou satisfeito quando o carteiro, que bebia uma parte considerável de seus ganhos no bar, concordou em posar para ele, pedindo apenas para ser pago em comida e bebida.

    Entre agosto de 1888 e abril de 1889, Van Gogh fez seis retratos de Roulin, símbolos de companheirismo e esperança que contrastam com os temas de solidão, desespero e desgraça iminente observados em algumas de suas outras obras.

    Em cada um deles, Roulin está vestido com seu uniforme azul de carteiro, adornado com botões e detalhes dourados, com a palavra postes (correios, em francês) orgulhosamente exibida em seu boné. O nariz atarracado e a pele avermelhada de Roulin, corada por anos de bebida, fizeram dele um modelo fascinante para o pintor, que o descreveu como “um homem mais interessante do que muitas pessoas”.

    Retrato de Joseph Roulin, de 1889

    Crédito, Cortesia do Museu de Belas Artes de Boston

    Legenda da foto, Retrato de Joseph Roulin, de 1889 — as pinturas de Van Gogh da família Roulin eram repletas de afeto e otimismo

    Roulin era apenas 12 anos mais velho que Van Gogh, mas se tornou uma espécie de mentor e figura paterna para o pintor solitário — por causa da barba generosa e da aparente sabedoria de Roulin, Van Gogh o apelidou de Sócrates.

    Nascido em uma família abastada, Van Gogh pertencia a uma classe social muito diferente da de Roulin, mas ele foi cativado por sua “forte natureza camponesa”, e resiliência em tempos difíceis.

    Roulin era um republicano orgulhoso e falador, e quando Van Gogh o viu cantando La Marseillaise, percebeu o quão pictórico ele era, “como algo saído de Delacroix, de Daumier”. O artista viu nele o espírito do trabalhador, descrevendo sua voz como possuindo “um eco distante do clarim da França revolucionária”.

    A amizade logo abriu as portas para outros quatro modelos: a esposa de Roulin, Augustine, e seus três filhos.

    Somos apresentados a seu filho Armand, de 17 anos, um aprendiz de ferreiro com seus primeiros pelos faciais, que parece incomodado com a atenção do pintor; seu irmão mais novo, Camille, de 11 anos, um estudante descrito no catálogo da exposição como “se contorcendo na cadeira”; e Marcelle, a bebê de bochechas rechonchudas do casal, que, segundo Roulin, “alegra toda a casa”.

    Cada pintura representa um estágio diferente da vida, e cada modelo ganhou seu retrato de presente. No total, Van Gogh criou 26 retratos dos Roulin, uma produção significativa para uma família, raramente vista na história da arte.

    Obra 'La Berceuse', de 1889, retratando a esposa de Roulin

    Crédito, Cortesia do Museu de Belas Artes de Boston

    Legenda da foto, A esposa de Roulin é retratada na obra La Berceuse, de 1889

    Van Gogh já quis ser pai e marido, e seu relacionamento com a família Roulin permitiu que ele vivenciasse um pouco desta alegria.

    Em uma carta para Theo, ele descreveu Roulin brincando com a bebê Marcelle: “Foi comovente vê-lo com seus filhos no último dia, principalmente com a pequena, quando ele a fez rir e pular de joelhos, e cantou para ela.”

    Fora destas paredes, Van Gogh costumava sofrer hostilidade dos moradores locais, que o descreviam como “o louco ruivo” e pediam até mesmo seu confinamento.

    Em contrapartida, os Roulin aceitavam seu transtorno mental, e a casa deles oferecia um espaço seguro e de compreensão.

    O relacionamento, no entanto, estava longe de ser unilateral. Este visitante culto, com sotaque holandês incomum, era diferente de qualquer pessoa que Roulin já havia conhecido, e oferecia “um tipo diferente de interação”, explica Hanson.

    “Ele é novo na cidade, não conhece as histórias de Roulin, e ele vai ter novas histórias para contar.”

    Roulin gostava de dar conselhos — sobre como mobiliar a casa amarela, por exemplo. E quando, no verão de 1888, a mulher de Roulin voltou à sua cidade natal para dar à luz Marcelle, o carteiro, deixado sozinho, encontrou em Van Gogh uma companhia bem-vinda.

    Os retratos da bebê Marcelle Roulin e Armand Roulin, ambos de 1888

    Crédito, Museu Van Gogh, Amsterdã/ Cortesia do Museu de Belas Artes de Boston

    Legenda da foto, Os retratos da bebê Marcelle Roulin e Armand Roulin, ambos de 1888 — Van Gogh pintou 26 retratos da família

    Roulin também teve a rara oportunidade de ter retratos pintados de graça e, no ano seguinte, quando se ausentou para trabalhar em Marselha, se sentia reconfortado ao saber que a bebê Marcelle ainda podia ver seu retrato pendurado sobre o berço.

    Seu carinho por Van Gogh transparece na correspondência entre eles.

    “Continue se cuidando, siga as recomendações do seu bom médico, e verá sua recuperação completa para a satisfação de seus parentes e amigos”, escreveu Roulin para o pintor de Marselha, encerrando a carta: “Marcelle manda um grande beijo para você.”

    Os retratos de Van Gogh o colocaram no coração da casa da família.

    Em suas cinco versões da obra La Berceuse, que significa tanto “canção de ninar” quanto “a mulher que balança o berço”, a esposa de Roulin segurava um dispositivo de corda, criado por Van Gogh, que balançava o berço do bebê fora da tela, permitindo que tivessem paz para concluir a obra de arte.

    As cores alegres de fundo — verde, azul, amarelo ou vermelho — variam de um membro da família para outro. Cenários florais exuberantes, reservados para os pais, surgem depois, transmitindo felicidade e afeto.

    A história da arte também se beneficiou muito da liberdade que esse relacionamento concedeu a Van Gogh para fazer experimentos com retratos e desenvolver seu próprio estilo, com suas formas delineadas, cores fortes e radiantes, e traços grossos e ondulados que fazem as formas vibrarem com vida.

    Na segurança dessa amizade, ele subverteu as convenções da pintura de retratos, dando prioridade a uma resposta emocional ao seu tema, resolvendo “não reproduzir o que tenho diante dos meus olhos”, mas “me expressar com força” e pintar Roulin, disse ele a Theo, “como eu o sinto”.

    Uma fotografia em preto e branco de Joseph Roulin em 1902

    Crédito, Museu Van Gogh, Amsterdã/ Cortesia do Museu de Belas Artes de Boston

    Legenda da foto, Uma fotografia de Joseph Roulin em 1902, 12 anos após a morte do amigo Vincent van Gogh

    Se Van Gogh não tivesse sentido o apoio inabalável de Roulin, talvez não tivesse sobrevivido à série de colapsos devastadores que começaram em dezembro de 1888, quando ele pegou uma navalha e cortou a própria orelha.

    Com o cuidado daqueles que eram próximos, ele viveu mais 19 meses, produzindo um número impressionante de 70 pinturas em seus últimos 70 dias de vida — e deixando um dos legados mais preciosos da história da arte.

    Assim como os retratos íntimos que ele criou em Arles, a exposição é marcada por otimismo.

    “Espero que estar com essas obras de arte e explorar seu processo criativo — e suas formas de criar conexões — seja uma história comovente”, diz Hanson.

    Longe de “fugir da tristeza” deste período da vida de Van Gogh, diz ela, a exposição é um testemunho do poder das relações de apoio e “da realidade de que a tristeza e a esperança podem coexistir”.

    A exposição “Van Gogh: The Roulin Family Portraits” ficará em cartaz no Museu de Belas Artes de Boston de 30 de março a 7 de setembro de 2025, e no Museu Van Gogh de Amsterdã de 3 de outubro de 2025 a 11 de janeiro de 2026.



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