Em uma movimentação para proteger uma das bases econômicas mais importantes do Nordeste, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se reuniu com uma comitiva de parlamentares da região e representantes do setor sucroalcooleiro. O objetivo do encontro, realizado em Brasília, foi buscar alternativas e benefícios para amenizar os pesados prejuízos causados pela imposição de novas tarifas pelos Estados Unidos às exportações de açúcar e etanol.
A comitiva nordestina foi liderada pelo deputado federal Ruy Carneiro e pelo senador Veneziano Vital do Rêgo. Eles alertaram para o risco iminente de perdas milionárias. Além disso, temem a desestabilização de uma cadeia produtiva que é vital para a geração de empregos.
Um Alerta para a Economia Regional
O deputado Ruy Carneiro foi direto ao ponto ao quantificar a ameaça: somente na Paraíba, a indústria de açúcar e etanol pode registrar perdas da ordem de R$ 40 milhões devido às sobretaxas impostas pelo governo norte-americano.
“O setor produtivo da cana-de-açúcar gera milhões de empregos e representa uma importante parcela da economia na Paraíba e no Nordeste. Por isso, eu e o senador Veneziano estivemos com representantes do segmento em uma audiência com o vice-presidente Geraldo Alckmin. Estamos em busca de um subsídio temporário para evitar que essa cadeia produtiva, tão importante na nossa região, sofra as graves consequências das tarifas”, detalhou Carneiro.
O Açúcar Paraibano e a Dependência
Em Busca de uma Solução Imediata
A principal proposta discutida na reunião com Alckmin foi a criação de um subsídio temporário ou mecanismo de compensação para o setor. A medida teria como objetivo manter a competitividade do açúcar e do etanol nordestino no mercado internacional. Tudo isso enquanto se buscam soluções diplomáticas de longo prazo ou a diversificação para novos mercados exportadores.
A audiência sinaliza a pressão política que está sendo feita para que o governo federal atue de forma rápida e assertiva. Dessa forma, evita que uma decisão comercial externa cause um estrangulamento econômico em uma região que já enfrenta desafios históricos de desenvolvimento.
O desfecho dessa negociação será crucial para a manutenção de empregos e a saúde financeira de um dos setores mais tradicionais e importantes do Nordeste.
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