
Quando alguém desaparece, via de regra, a família espera 24h para procurar a polícia e registrar oficialmente o desaparecimento. Do ponto de vista legal, o prazo não existe. Mas o costume popular é esse.
Na política, 24h também é um tempo considerável. Às vezes suficiente para modificar rumos, decisões e alianças.
O vice-prefeito de João Pessoa, Léo Bezerra (PSB), tem vivido as últimas 24h de espera. Espera por ser atendido pelo governador João Azevêdo, presidente estadual do PSB.
Léo solicitou ontem uma audiência com João. Até agora recebeu o silêncio como resposta, de acordo com fontes próximas a ele e ouvidas pelo Blog.
O vácuo tem uma explicação. Pelo que apurou o Blog, o encontro serviria para o vice-prefeito comunicar ao governador que apoiará o projeto do prefeito Cícero Lucena, em disputar o Governo do Estado; e também sinalizar a disposição de votar em João para o Senado. Algo parecido com o que fez Cícero Lucena na última sexta-feira.
Com Cícero, João recusou o apoio. Quem sabe estaria pensando o mesmo quanto a Léo.
O pai do vice, o deputado Hervázio Bezerra (PSB), classificou ontem de muito “dura” a cobrança feita por Azevêdo quanto ao filho. Hoje ele voltou a ser questionado sobre o tema e lembrou que, muito provavelmente, o companheiro de chapa de João, Nabor Wanderley (Rep), não rejeitará apoios dos adversários do grupo.
Um aviso pra lá de sincero…