O advogado Guilherme Maluf, da família de José Lael Rodrigues, assassinado em outubro do ano passado, afirmou que a morte da médica Daniele Barreto não era o desfecho esperado pelos parentes da vítima. Em entrevista à TV Atalaia, o assistente de acusação destacou que o desejo sempre foi por justiça, com a responsabilização formal da acusada pelo Judiciário. A cirurgiã plástica era acusada de planejar a morte do marido.
“Foi uma notícia muito triste. Conversei com alguns familiares e todos receberam com muita tristeza. Não era esse o desfecho que a família pretendia, não era a expectativa nem o desejo de nenhum deles. O que se buscava era justiça, era uma decisão do Poder Judiciário reconhecendo a responsabilidade da Daniela”, afirmou.
Segundo o advogado, a prisão preventiva de Danielle representava um alívio para a família, mas o trágico desfecho surpreendeu a todos. “Ninguém desejava vingança, o que se desejava era justiça. Esse era o desfecho ideal: o reconhecimento da responsabilidade da Danielle, não a morte dela.”
O advogado ressaltou ainda a dor do filho do casal, que perdeu o pai em outubro de 2023 e agora enfrenta a perda da mãe. “É uma história muito triste para toda a família”, disse.
Com a morte de Danielle, o processo segue apenas em relação aos outros seis réus apontados no caso. “O Código Penal prevê a extinção da punibilidade pela morte, mas em relação aos demais o processo continua normalmente. Eles serão ouvidos em audiência e, caso se confirme a responsabilidade, serão punidos pelo tribunal do júri”, explicou o advogado.
Morte
A médica Daniele Barreto, de 47 anos, acusada de ter planejado o assassinato do seu esposo, o advogado José Lael, foi encontrada morta na tarde desta terça-feira, 9, horas após retornar ao Presídio Feminino (Prefem), em Nossa Senhora do Socorro.
Daniele Barreto havia passado por audiência de custódia depois de deixar a clínica de repouso onde estava internada. Na audiência, ficou determinado seu retorno ao sistema prisional e também a continuidade do acompanhamento psiquiátrico.
Por Verlane Estácio