A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) iniciou um amplo plano de desmobilização de ativos, com destaque para imóveis localizados na região Nordeste. A princípio, a medida visa aliviar os custos com manutenção e gerar receitas extras diante do cenário financeiro desafiador enfrentado pela estatal. Ao mesmo tempo, entre os 66 imóveis colocados à venda em todo o Brasil, um dos principais destaques está em Salvador, capital da Bahia.
Imóvel de destaque em Salvador pode movimentar o mercado imobiliário
Localizado na Avenida Paulo VI, no bairro da Pituba, um edifício de escritórios com 17 andares está disponível por lance mínimo de R$ 109 milhões. Em suma, o imóvel é estratégico na região e ocupa uma área valorizada. Dessa forma, pode atrair investidores do setor corporativo, imobiliário e da construção civil. A venda faz parte de um pacote de ativos ociosos e sem uso operacional, o que, segundo os Correios, não agrega mais valor aos negócios da empresa.

Além da Bahia, outros estados nordestinos também integram a lista de ativos em processo de alienação. O Nordeste, tradicionalmente estratégico para a logística dos Correios, agora passa por uma reestruturação que visa otimizar custos e modernizar as operações.
Investimentos futuros: novo marketplace e reestruturação nacional
Parte dos recursos da venda dos imóveis será para investimentos como o lançamento do “Mais Correios”, marketplace que promete disputar espaço com gigantes como Mercado Livre, Amazon e Shopee. A nova plataforma deverá ser lançada ainda no segundo semestre de 2025.
Contudo, a empresa também busca parcerias para requalificação de prédios históricos. Um exemplo é o Palácio dos Correios em São Paulo, que foi cedido à Prefeitura da capital para instalação da central do programa Smart Sampa. Desse modo, a contrapartida é a realização de obras de recuperação e manutenção do prédio pela administração municipal.
Correios no Nordeste: logística, tradição e transformação
Com uma ampla presença no Nordeste, os Correios operam centenas de agências e centros de distribuição. A venda de ativos na região marca uma nova fase para a estatal, que agora busca eficiência operacional e modernização dos serviços. Para investidores e empresários locais, os imóveis representam oportunidades únicas de negócios em cidades com forte apelo comercial.
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