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    Brasil

    Lula no G7 no Canadá: o que o presidente quer do grupo e o que o grupo quer dele?

    17 de junho de 202511 Minutos de Leitura
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    Imagem de Lula olhando para o lado direito da tela com um logotipo do G7 sobre uma tela azul

    Crédito, Ricardo Stuckert/Presidência da República

    Legenda da foto, Lula vai à reunião do G7 no Canadá em meio a queda na popularidade
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    “São os primos ricos que se reúnem e não querem parar de se reunir. Eles estão no G20, que eu acho que tem mais importância, mais densidade humana, densidade econômica. De qualquer forma, eu sou convidado desde que fui eleito em 2003 e participo para não dizerem que eu recuso a festa dos ricos”, disse Lula à imprensa mencionado o G20, grupo do qual o Brasil faz parte e que reúne as 20 maiores economias do mundo.

    Ao todo, esta será a nona participação de Lula nas reuniões do grupo, mas, desta vez, sua presença tem um elemento diferentes das demais: a crise de popularidade doméstica que o petista vem enfrentando.

    De acordo com o Datafolha, Lula tem aprovação de 28% dos entrevistados, o pior percentual em todos os seus três mandatos.

    Ao mesmo tempo, seu governo vem lidando, há pelo menos duas semanas, com o impasse na tomada de medidas para aumentar a arrecadação fiscal com as tentativas de reverter a queda de um decreto que aumentou a alíquota do IOF (imposto sobre operações financeiras).

    Além disso, ele vem sendo criticado por adversários políticos por passar muito tempo fora do país enquanto problemas domésticos se acumulam à espera de solução.

    Também havia a expectativa de que Lula e o presidente americano Donald Trump pudessem se encontrar durante a reunião do G7 na terça-feira (17/06).

    Essa possibilidade, no entanto, não se confirmou porque a equipe de Trump anunciou que o presidente iria voltar aos Estados Unidos na noite de segunda-feira para tratar da crise gerada pelos bombardeios entre Israel e Irã.

    Este seria a primeira vez que Lula e Trump participariam de um evento de trabalho. Os dois vêm mantendo uma relação distante. Apesar de comandarem as duas maiores economias do continente americano, os dois sequer se falaram ao telefone.

    Diante desse quadro, o que Lula espera obter em sua ida ao G7?

    E do outro lado: o que o G7 espera obter a partir da presença de Lula e de outros líderes do chamado “sul global” como o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa?

    Especialistas e diplomatas com quem a BBC News Brasil conversou nos últimos dias avaliam que, de um lado, Lula deverá usar sua ida ao G7 para mostrar à comunidade internacional que ele não é um líder “antiocidental”, majoritariamente alinhado com países como Rússia e China.

    “Estar no G7 é mais um atestado e mais uma confirmação de que o Brasil tem interlocutores, tem pontes e tem acesso ao chamado norte global. Isso pra nós é fundamental”, diz à BBC News Brasil o professor da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo (FGV-SP) Guilherme Casarões.

    Os especialistas também afirmam que Lula poderá usar sua presença no G7 para tentar avanços em agendas tidas como importantes para a diplomacia brasileira, como a pauta ambiental, especialmente às vésperas de o Brasil sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, no final do ano.

    Por outro lado, os especialistas e diplomatas ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que o G7 convida líderes do chamado “sul global” por entender que, sozinhos, os seus membros já não conseguem mais ditar as regras do sistema internacional.

    Lula à direita e Putin à esquerda conversando por meio de uma intérprete durante evento

    Crédito, Ricardo Stuckert/Presidência da República

    Legenda da foto, Proximidade de Lula com líderes como o russo Vladimir Putin tem gerado críticas de observadores norte-americanos e europeus

    A ideia de que a ida de Lula sirva como uma espécie de “atestado” de que o presidente não é antiocidental é mencionada por Casarões, mas também por um diplomata ouvido pela BBC News Brasil em caráter reservado.

    O conceito geopolítico de “Ocidente” não atende a critérios geográficos. Neste grupo estão países que, nas últimas décadas, estiveram mais ou menos alinhados à política norte-americana do pós Segunda Guerra Mundial.

    Entre eles, além dos Estados Unidos, estão Canadá, União Europeia, Japão e países da Oceania como Austrália e Nova Zelândia.

    No polo oposto estariam países como a China, Rússia, Irã e Coreia do Norte.

    Nos últimos anos, analistas das relações internacionais passaram a questionar a posição do governo do presidente Lula em relação ao chamado “Ocidente”.

    Essas críticas ganharam corpo a partir de movimentos feitos pelo mandatário brasileiro, como as críticas à postura dos Estados Unidos e da União Europeia em relação à guerra na Ucrânia. Apesar de, oficialmente, condenar o conflito, Lula chegou a dizer que os Estados Unidos teriam que deixar de “incentivar” a guerra na Ucrânia.

    Depois disso, Lula também gerou críticas após comparar as ações militares de Israel na Faixa de Gaza desde outubro de 2023 a um holocausto.

    “O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula em fevereiro de 2024.

    Após essas declarações, o governo israelense declarou Lula persona non grata em seu território. O termo é usado para dizer que alguém não é bem-vindo e, na linguagem diplomática, é um procedimento considerado drástico.

    Desde 2009, a China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil. Os Estados Unidos vêem oficialmente a China como a maior ameaça à sua segurança nacional.

    A Rússia, por sua vez, é um adversário histórico dos Estados Unidos com quem o Brasil vem ampliando suas transações comerciais, principalmente após a invasão do país sobre a Ucrânia. Entre 2021 e 2024, as exportações da Rússia para o Brasil aumentaram 95%.

    No campo político, o alinhamento também parece estar em alta.

    Desde que assumiu o governo, Lula já fez duas visitas oficiais à China e, em maio, o petista participou da celebração do Dia da Vitória, em Moscou, convidado pelo presidente russo Vladimir Putin.

    O evento é considerado uma das principais datas nacionais da Rússia e uma demonstração de força de Putin em um momento em que o país é alvo de críticas internacionais pela invasão do território ucraniano.

    É nesse cenário que Lula, segundo analistas, mostraria, indo ao G7, que não é um líder “antiocidental”.

    “Ao Brasil não interessa, em nenhuma hipótese, ser visto como um país antiocidental. E o Brasil está muito envolvido com os Brics, por exemplo. Para muitos interlocutores europeus e americanos, os Brics têm se tornado uma aliança antiocidental, capitaneada, sobretudo, pela China e, para o Brasil, isso não interessa”, disse Casarões à BBC News Brasil.

    O Brics é um bloco inicialmente fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul no final da primeira década dos anos 2000. Nos últimos anos, o bloco passou por uma expansão com a inclusão de Egito, Arábia Saudita, Indonésia, Irã, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.

    Parte da agenda bilateral que Lula terá durante o G7 vai, justamente, na linha de criar “pontes com o Ocidente”. Uma delas, por exemplo, é a provável reunião bilateral entre Lula e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, prevista para acontecer na tarde de terça-feira (17/6).

    As relações entre Lula e Zelensky sofreram momentos de abalo nos últimos tempos por conta da posição do governo brasileiro de defender a inclusão da Rússia nas negociações de paz em relação ao conflito entre os dois países. Zelensky era contra a participação da Rússia e apontava que o Brasil estaria próximo demais do governo de Putin para ser capaz de mediar um acordo de paz.

    Em janeiro deste ano, Zelensky chegou a dizer que Lula não seria mais um “player” nas negociações de paz com a Rússia.

    Mas após a mudança de governo nos Estados Unidos e as indicações de que norte-americanos e russos pudessem negociar um acordo de paz sem a participação da Ucrânia, o governo de Zelensky teria começado a procurar o Brasil para que o país passasse a incluir a Ucrânia nos planos de paz que o Brasil elaborou em conjunto com a China, disse à BBC News Brasil uma fonte do governo brasileiro em caráter reservado.

    Além da reunião bilateral com Zelensky está prevista uma reunião com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney.

    Na reunião com Carney, a expectativa é de que os dois governos possam debater uma proposta para um acordo comercial entre o Mercosul e o Canadá. Um acordo entre o bloco e o país vinha sendo discutido há anos, mas foi paralisado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Uma fonte do governo brasileiro disse, em caráter reservado, que nos últimos meses, emissários do governo canadense procuraram o Brasil para que o assunto pudesse voltar a ser debatido. Ainda não há previsão sobre quando isso poderia acontecer. Do lado brasileiro, no entanto, segundo esta fonte, o entendimento é de que um acordo com o Canadá poderia avançar rapidamente se essa for a vontade do país.

    Imagem de Donald Trump usando terno e gravata vermelha segurando um livro sobre tarifas

    Crédito, Getty Images

    Legenda da foto, Trump antecipou saída do G7 por conta de conflito entre Israel e Irã

    Meio ambiente e regras do jogo internacional

    Os especialistas e diplomatas ouvidos pela BBC News Brasil também afirmam que Lula tentará usar o G7 para avançar alguns temas da sua agenda internacional. O principal deles, é a pauta ambiental.

    “A participação do presidente Lula na reunião do G7 é muito importante porque teremos a COP30 no Brasil e prevê-se a participação de chefes-de-Estado e de governo de países estrangeiros na COP30. É uma oportunidade para que o presidente possa falar sobre a organização da COP30 e falar com seus homólogos para que venham ao Brasil”, disse o secretário de Clima e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o embaixador Maurício Lyrio, durante uma entrevista coletiva na sexta-feira (13/6).

    A previsão é de que Lula e os líderes de países convidados falem em duas ocasiões, por pouco mais de três ou quatro minutos em cada uma.

    Nos últimos meses, negociadores brasileiros vêm tentando convencer os países que participarão da COP30 a apresentarem contribuições nacionais determinadas (NDC na sigla em inglês) mais ambiciosas e o mais cedo possível.

    As NDCs são documentos em que cada governo aponta seus planos para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

    O Brasil já apresentou a sua, mas pelo menos 90% dos países perdeu o prazo para a entrega do documento, que era no dia 10 de fevereiro deste ano.

    Do ponto de vista diplomático, quanto mais países se mostrarem empenhados a avançar durante a COP 30, maior o ganho político para o Brasil, uma vez que o sucesso da conferência em Belém é uma das principais apostas da diplomacia brasileira neste ano.

    Para o conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) Houssein Kallout, ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República no governo Temer, Lula deverá usar sua ida ao G7 para tratar de três temas.

    “Os três temas são: paz internacional, pois temos hoje diversos conflitos como a guerra na Ucrânia e em Gaza; as mudanças climáticas; e a manutenção de uma ordem internacional baseada em regras. O que estamos vendo hoje é que a ordem internacional está dando lugar ao anarquismo internacional”, diz Kallout à BBC News Brasil.

    Uma fonte do governo brasileiro ouvido em caráter reservado disse à BBC News Brasil que outro tema que provavelmente entrará na pauta da intervenção brasileira no G7 é o recente conflito entre Israel e Irã.

    Os dois países vêm trocando bombardeios desde sexta-feira (13/6) e o governo brasileiro teme uma escalada da situação no Oriente Médio.

    E o que o G7 quer de Lula?

    Três dos cinco principais fundadores dos Brics foram convidados para a cúpula: Brasil, Índia e África do Sul. Ficaram de fora dois dos principais adversários norte-americanos: Rússia e China.

    Para Kallout, o convite do G7 à participação do Brasil e de outros países do chamado “sul global” é parte de uma estratégia de evitar um esvaziamento do grupo e mantê-lo conectado com outras potências emergentes.

    “O G7 não tem capacidade de governar sozinho. Hoje, a economia dos Brics, somadas, é maior que a economia do G7. Então, é muito inteligente, por parte do G7, convidar países relevantes como o Brasil, a Índia, a Indonésia, a África do Sul para uma roda de discussão porque as propostas do G7 precisam encontrar eco em lugares como a Ásia, Ásia e África”, diz Kallout.

    Para Kallout, o convite a Lula reflete, de um lado, o prestígio internacional do atual presidente, mas também é produto do lugar ocupado pelo Brasil no cenário internacional.

    “O Brasil é uma das dez maiores economias do mundo e é uma potência climática. Esse convite reflete, de forma objetiva, o fato de o Brasil ser a maior potência latino-americana. É um país representativo em vários aspectos”, complementa Kallout.

    Um diplomata brasileiro ouvido pela BBC News Brasil em caráter reservado avalia que o convite a outros países, especialmente aos do sul global, seria uma forma do G7 tentar manter alguma legitimidade internacional para discutir e apresentar propostas para os principais temas globais.



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