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    Início » O abuso sexual de crianças em minas ilegais de ouro na África
    Brasil

    O abuso sexual de crianças em minas ilegais de ouro na África

    21 de maio de 20256 Minutos de Leitura
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    Um pequeno lingote de ouro repousa na palma de uma mão. Uma pulseira com os dizeres "Dia Mundial da Aids" também é visível

    Crédito, Getty Images

    Legenda da foto, Os mineiros ilegais trabalham em minas que antes pertenciam a grandes multinacionais, que as abandonaram porque já não eram tão rentáveis
    Article information

    • Author, Mayeni Jones
    • Role, De Joanesburgo para a BBC News
    • 21 maio 2025, 10:31 -03

      Atualizado Há 29 minutos

    Aviso: esta reportagem contém detalhes que algumas pessoas podem achar perturbadores.

    Jonathan suportou seis meses extenuantes de vida e trabalho no subsolo de uma mina de ouro abandonada na África do Sul. Mas a coisa mais chocante que ele viu foi o abuso contra crianças.

    Algumas delas são recrutadas como mão de obra barata, mas outras são trazidas especificamente com fins sexuais, dizem ativistas.

    Jonathan, agora com quase 30 anos, migrou para a África do Sul com a promessa de ganhar dinheiro fácil ao trabalhar em uma das dezenas de minas desativadas, fechadas por multinacionais por não serem mais comercialmente viáveis.

    Detalhes sobre o que acontece no subsolo começaram a surgir após a morte de dezenas de mineiros ilegais perto da cidade de Stilfontein no final do ano passado, quando uma mina foi bloqueada pela polícia.

    Com voz calma e firme, Jonathan descreve o calor, as longas horas de trabalho e as poucas opções de alimentação e a falta de sono que afetaram seu corpo e sua saúde.

    Mas uma lembrança duradoura é o que aconteceu com os mineiros menores de idade na mina onde ele trabalhou.

    “Eu costumava ver essas crianças na mina — adolescentes, na verdade, de 15, 17 anos.”

    “Outros costumavam se aproveitar delas às vezes. Era um pouco assustador e eu não me sentia confortável com isso”, diz Jonathan.

    Ele afirma que os menores de idade foram estuprados por mineiros adultos, que prometeram dar a eles parte do ouro que encontrassem em troca de sexo.

    “Se aquele garoto está desesperado por dinheiro, ele corre o risco”, observa Jonathan.

    O homem descreve como as crianças se aproximavam de equipes de mineiros em busca de proteção.

    O sexo também era usado como punição se os adolescentes não conseguissem completar uma tarefa para a equipe.

    Jonathan diz que as crianças na mina onde ele trabalhava eram todas estrangeiras e não sabiam onde estavam se metendo.

    Uma vista aérea mostra um poço de mina a céu aberto em Stilfontein

    Crédito, AFP

    Legenda da foto, Os mineiros ilegais entram em minas abandonadas através de poços abandonados. Eles muitas vezes descem longas distâncias e não conseguem sair dali por meses

    O pesquisador e ativista Makhotla Sefuli corrobora a afirmação de Jonathan.

    Ele afirma que gangues criminosas têm como alvo específico crianças, que são levadas a trabalhar em minas ilegais em toda a África do Sul.

    Muitas delas são sequestradas e traficadas em países vizinhos. Elas são atraídas por promessas infundadas de encontrar emprego na indústria formal de mineração.

    “Os passaportes delas são confiscados quando chegam à África do Sul… É de conhecimento geral que esses jovens estão sofrendo abusos”, conta Sefuli.

    A BBC conversou com mineiros que trabalharam em pelo menos duas outras minas ilegais. Eles também disseram ter visto crianças sendo abusadas nos poços.

    Tshepo (que também pediu para ter a identidade protegida) afirma ter testemunhado homens mais velhos forçando jovens a fazer sexo com eles no subsolo.

    “Em alguns casos, esses menores de idade faziam isso por dinheiro. Alguns são recrutados exclusivamente para esse fim, com incentivos financeiros que advêm da prática negociar sexo no subsolo.”

    Ele acrescenta que o abuso afetou profundamente as crianças.

    “Eles mudam seus padrões de comportamento e têm problemas de confiança. Não querem que você se aproxime, porque sentem que não podem mais confiar em ninguém.”

    A indústria de mineração ilegal da África do Sul ganhou as manchetes globais no ano passado após um impasse entre a polícia e os trabalhadores na mina de ouro de Buffelsfontein, perto da cidade de Stilfontein.

    As autoridades tentavam coibir a mineração ilegal que, segundo o governo, custou à economia da África do Sul US$ 3,2 bilhões (R$ 18 mi, na cotação atual) em receitas perdidas no ano passado.

    Eles lançaram uma operação chamada Vala Umgodi, ou “selar o buraco”, em dezembro de 2023, e prometeram adotar uma postura firme contra as gangues.

    Como parte da operação, a polícia limitou a quantidade de comida e água que descia pela mina de Stilfontein para, como disse um ministro, “apagar” a mineração ilegal.

    Autoridades acrescentaram que os homens se recusavam a sair por medo de serem presos.

    Logo na sequência, imagens começaram a surgir de dentro das minas.

    Elas mostram dezenas de homens extremamente magros, que imploram pelo resgate. Também é possível ver fileiras de sacos para cadáveres.

    Um tribunal sul-africano ordenou que as autoridades salvassem esses trabalhadores.

    Legenda do vídeo, Sexo por ouro: o abuso de crianças em minas ilegais

    Entre os resgatados, muitos afirmaram ser menores de idade.

    No entanto, como vários deles eram migrantes sem documentos que comprovassem a idade, as autoridades realizaram exames médicos para obter uma estimativa.

    Com isso, o Departamento de Desenvolvimento Social (DSD) da África do Sul confirmou que 31 dos mineiros resgatados de Stilfontein eram crianças.

    Todos eram moçambicanos e, em novembro, 27 deles foram repatriados.

    A organização Save the Children África do Sul ajudou a traduzir algumas das entrevistas entre os mineiros menores de idade e os socorristas.

    “Eles passaram por traumas, porque alguns também presenciaram outras pessoas sendo exploradas sexualmente”, disse a CEO da instituição, Gugu Xaba, à BBC.

    “Só a sensação de que talvez não conseguissem sair de lá destruía a mente dessas crianças.”

    “Os mineiros adultos começavam a aliciar e agiam como se gostassem delas.”

    Xaba conta que as crianças eram então obrigadas a praticar atos sexuais com os adultos e, em seguida, acabavam estupradas, dia após dia.

    “Você descobre que um adulto tem três ou quatro crianças com quem faz a mesma coisa”, estima ela.

    Xaba afirma que gangues de mineração recrutam crianças por questões como a facilidade de manipular e os baixos custos.

    “As crianças não entendem quando você diz: ‘Eu te pago 20 rands (R$ 6,33) por dia.’ Os adultos às vezes se recusam a trabalhar, mas as crianças se veem sem escolha. Então, é mais fácil usar uma criança para fazer o serviço. É mais fácil pegar uma criança que não tem voz e levá-la para lá.”

    Além de serem exploradas financeiramente, Xaba diz que existem gangues que recrutam crianças especificamente para fins sexuais.

    Muitos mineradores ilegais passam meses no subsolo e raramente sobem à superfície. Mercados surgem no subsolo para fornecer tudo o que eles precisam.

    “A maioria das crianças é traficada para ser usada como escrava sexual. E você tem um cafetão que fica com o dinheiro. Isso significa que todos os dias essas crianças são usadas como trabalhadoras comerciais do sexo.”

    A BBC perguntou à polícia e ao Departamento de Segurança Interna (DSD) da África do Sul se alguém seria indiciado pelas alegações de abuso sexual. Não foram enviadas respostas até a publicação dessa reportagem.

    Uma fonte que trabalha nos casos dos mineiros de Stilfontein afirmou que muitas das crianças não quiseram depor.

    Enquanto isso, a indústria de mineração ilegal continua a prosperar.

    E com cerca de 6 mil minas vazias potencialmente disponíveis para exploração, trata-se de um negócio que dificilmente acabará tão cedo — o que deixa milhares de crianças sob risco.



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