Os governadores do Consórcio Nordeste marcaram uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana para discutir os efeitos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras. A princípio, a medida que entra em vigor a partir de 1º de agosto, estabelece uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros. Dessa forma, afeta diretamente setores estratégicos da região Nordeste.
A reunião ocorrerá em Brasília, nos dias 5 e 6 de agosto, e contará com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin e da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Ao mesmo tempo, o objetivo é traçar estratégias para minimizar os impactos econômicos e buscar alternativas comerciais.
Quais os estados do Nordeste mais afetados pelo tarifaço de Trump?
De acordo com dados do Comex Stat, sistema oficial de comércio exterior, os estados da Bahia, Maranhão e Ceará são os que mais exportam para os EUA na região Nordeste. Entre os setores mais impactados estão:
- Fruticultura (manga, uva, melão)
- Apicultura (exportação de mel)
- Têxtil e calçadista
- Metalmecânico
- Indústria automotiva
O presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Rafael Fonteles, afirmou que o tarifaço fez ocorrer uma uma articulação emergencial com a APEXBrasil e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços para mapear os impactos por estado e setor. A ideia é buscar novos mercados e rotas internacionais que possam compensar as perdas do tarifaço.
Cronograma das Reuniões
Data | Evento | Local |
---|---|---|
05/08 (terça) | Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável | Brasília (local a confirmar) |
05/08 (tarde) | Assembleia Geral do Consórcio Nordeste | Brasília |
06/08 (quarta) | Reunião com presidente Lula, vice Alckmin e ministra Gleisi Hoffmann | Palácio do Planalto |
Próximos Passos
Enquanto o governo federal avalia medidas de retaliação comercial dentro das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), os governadores do Nordeste trabalham em um plano regional para diversificar mercados e reduzir a dependência das exportações para os EUA.
A situação é crítica, mas a união entre os estados e o governo federal pode abrir caminhos para novas parcerias internacionais e fortalecer a economia nordestina diante desse desafio. Além disso, a união dos governadores fortalece a soberania nacional e abre caminhos para diálogos sobre o tarifaço.