Em meio às comemorações dos 476 anos de Salvador, neste sábado (29), muitos questionamentos existem sobre a primeira capital do Brasil. E uma delas é motivo de curiosidade: Por que quem nasce em Salvador é soteropolitano e não “salvadorense” ou “salvadoreano”? A explicação para essa curiosidade linguística está na origem do nome da cidade e na formação dos gentílicos.

Qual a origem do termo “Soteropolitano”?

A princípio, o termo “soteropolitano” deriva do nome histórico e oficial da cidade: São Salvador da Bahia de Todos os Santos. Ao mesmo tempo, vem especificamente do termo “Soterópolis”, que significa “Cidade do Salvador” em grego. Veja a divisão etimológica:

  • Sotero (Σωτήρ, Sōtḗr) = Salvador
  • Polis (πόλις, pólis) = Cidade

Assim, “Soterópolis” seria uma versão erudita de “Cidade do Salvador” e “soteropolitano” se tornou o gentílico correspondente.

Salvador completa 476 anos em 2025. Foto: Embratur
Salvador completa 476 anos em 2025. Foto: Embratur

Comparação entre Gentílicos e suas origens

Cidade Nome Oficial Antigo Origem do Gentílico Gentílico Atual
Salvador São Salvador da Bahia de Todos os Santos Do grego Soterópolis (Cidade do Salvador) Soteropolitano
Rio de Janeiro São Sebastião do Rio de Janeiro Derivado do nome Rio de Janeiro Carioca
Recife Cidade Maurícia Do tupi “Arrecife” Recifense
Belo Horizonte Cidade de Minas Formação direta do nome Belo-horizontino
São Paulo São Paulo de Piratininga Formação direta do nome Paulistano

Curiosidade

Dessa forma, diferente de outras capitais brasileiras, cujo formação do gentílico ocorre a partir do nome atual da cidade, Salvador ganhou um termo de raiz grega por influência da erudição da época colonial. Essa tradição linguística se manteve até os dias de hoje, tornando “soteropolitano” um dos gentílicos mais únicos do Brasil.



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