As recentes declarações do presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), sobre o cenário político em Vitória da Conquista chamaram atenção, mas também despertaram reações críticas. Muniz se manifestou contra a possibilidade da prefeita Sheila Lemos (União Brasil) lançar o seu companheiro, Wagner Alves, como pré-candidato a deputado estadual, classificando a iniciativa como um gesto de “submissão” exigida ao PSDB.

Entretanto, o tom de autoridade usado por Muniz para falar sobre os rumos políticos de Vitória da Conquista causou estranheza entre os agentes políticos da cidade. “O parlamentar não tem qualquer histórico de contribuição à cidade, seja em forma de emendas, projetos ou investimentos. Ainda assim, trata Conquista como um reduto eleitoral, de onde busca apenas votos para fortalecer interesses particulares — em especial a eleição de seu filho”, declarou uma fonte que preferiu não se identificar.

O que mais chama a atenção é o fato de que, mesmo sem nenhuma entrega concreta à população conquistense, Carlos Muniz ainda encontra respaldo entre vereadores locais. “Essa adesão levanta questionamentos sobre a coerência política de parte da Câmara Municipal, que acaba legitimando figuras que utilizam o município apenas como trampolim eleitoral”, afirmou a fonte consultada nessa matéria.

“Ao criticar a articulação do União Brasil em Conquista, Muniz tenta dar a impressão de defender o PSDB e sua presença na cidade. Porém, na prática, sua participação política se resume a disputas de espaço e ao fortalecimento de dinastias familiares, sem qualquer benefício real para a terceira maior cidade da Bahia”, concluiu.

A fala de Muniz expõe um problema recorrente na política baiana: o uso de municípios do interior como curral eleitoral, sem compromissos duradouros com o desenvolvimento local.

Fonte  : Daniel Silva 

 



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