O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, confirmou  que não haverá adiamento na aplicação das novas tarifas sobre produtos brasileiros. A partir de 1º de agosto, os produtos importados do Brasil passarão a ser taxados em 50%, conforme já havia sido anunciado pelo governo norte-americano.

A medida afeta uma ampla gama de produtos, incluindo itens do agronegócio, siderurgia e manufaturados. Empresários e especialistas em comércio internacional alertam para os impactos negativos da medida sobre as exportações brasileiras. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China.

O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre a declaração de Lutnick. No entanto, diplomatas em Brasília afirmam que o Itamaraty avalia possíveis respostas comerciais e não descarta acionar organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC).

A decisão dos EUA ocorre em um momento de tensões comerciais globais e pode agravar a relação entre os dois países, especialmente em setores que já vinham enfrentando desafios logísticos e regulatórios. Exportadores brasileiros afirmam que o aumento das tarifas pode comprometer contratos e encarecer produtos no mercado internacional.

Nos bastidores, representantes do setor produtivo pressionam o governo brasileiro a negociar com Washington para tentar minimizar os danos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) emitiram notas pedindo diálogo urgente entre os países e medidas de compensação para os setores afetados.

O impacto econômico e diplomático da medida deve ser sentido nas próximas semanas, à medida que os embarques com destino aos EUA forem atingidos pela nova tarifação.



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