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    Bahia

    Bahia pode se tornar um grande oásis de tâmaras vindas do Oriente Médio

    27 de fevereiro de 20257 Minutos de Leitura
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    O estado já recebeu as primeiras mudas que estão em quarentena em Brasília.

    Pequenas tamareiras foram enviadas diretamente dos Emirados Árabes para o Brasil no início de setembro de 2023. Após viajarem mais de 11 mil quilômetros em um voo de mais de 18 horas, as mudas desembarcaram em Brasília, embora seu destino final fosse a Bahia. A intenção era que essas árvores de caule único, que podem atingir até 30 metros de altura, com folhas longas e arqueadas, e que resistem e frutificam no clima extremo do Oriente Médio, sustentando civilizações há milênios, também pudessem dar frutos por aqui.

    A ideia de plantar tâmaras no semiárido e no cerrado baiano surgiu durante uma visita oficial do governador Jerônimo Rodrigues a Abu Dhabi. Na ocasião, foram firmados acordos de cooperação, incluindo a importação das mudas. Os árabes não apenas ofereceram as pequenas tamareiras, mas também sugeriram um plano ambicioso: criar uma indústria de beneficiamento na Bahia para vender tâmaras para a América Latina e, possivelmente, para a América do Norte. 

    A proposta ganhou força. O governo baiano, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adab) e da Secretaria de Agricultura (Seagri), iniciou as negociações. O resultado foi a importação de 10 mil mudas, um número expressivo para uma cultura ainda inexistente no estado. No entanto, antes de qualquer plantio, era preciso enfrentar um rigoroso processo burocrático e científico: a quarentena.

    As mudas chegaram ao Brasil sob a supervisão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Em sua Estação Quarentenária, em Brasília, os técnicos receberam 110 plantas para um processo detalhado de inspeção. Isso explica por que as mudas permaneceram na capital federal antes de serem enviadas para a Bahia. 

    Norton Polo Benito, pesquisador da Embrapa, esclarece que esse protocolo não é apenas uma formalidade, mas uma necessidade. As mudas passam por análises fitossanitárias para evitar a introdução de pragas inexistentes no Brasil. Uma única praga poderia causar prejuízos significativos, tanto para as tamareiras quanto para outras culturas já estabelecidas no país.

    O procedimento é minucioso. Cada muda foi plantada em quarentenários e está sendo monitorada continuamente. Fungos, bactérias, vírus, insetos e ácaros – nada pode passar despercebido. Qualquer sinal de anomalia resultaria na eliminação imediata das mudas contaminadas. Esse processo pode levar até dois anos. 

    “As plantas são recebidas e inspecionadas. Depois, são plantadas em quarentenários, onde seu desenvolvimento é acompanhado para identificar possíveis sintomas da presença de pragas. Esse processo pode durar de seis meses a dois anos. Como as análises ainda estão em andamento, essas informações são restritas e não podem ser divulgadas”, alertou Benito. 

    A preocupação não é exagerada. O Brasil já enfrentou crises fitossanitárias devastadoras. A ferrugem asiática da soja, por exemplo, chegou ao país de forma discreta e se tornou uma das maiores ameaças à agricultura nacional. Se uma praga resistente à seca viesse junto com as tamareiras, poderia colocar em risco culturas como manga, uva, melão, melancia, limão e goiaba, que sustentam milhares de famílias no semiárido baiano, além de soja, milho, algodão, feijão e sorgo, predominantes no cerrado.

    Em vez de espalhar as 10 mil mudas de uma vez, as primeiras 100 árvores, caso estejam livres de pragas, serão testadas em Barreiras e Riachão das Neves, no oeste baiano, para avaliar como a tamareira se adapta ao solo e ao clima seco do cerrado. Testes também serão feitos em Juazeiro e Casa Nova, no Vale do São Francisco, regiões que já abrigam fazendas irrigadas de manga e uva. A experiência com fruticultura pode facilitar o cultivo da tâmara. 

    O plantio não será um experimento às cegas. Técnicos da Embrapa e dos Emirados Árabes acompanharão todo o processo, desde a adaptação ao solo até o desenvolvimento das primeiras folhas. Mesmo que essa primeira remessa de mudas não apresente riscos fitossanitários, a entrada de qualquer material vegetal destinado à pesquisa ou experimentação precisa seguir regras rígidas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Um dos principais requisitos é que cada nova importação seja tratada como um processo independente. Isso significa que, mesmo que um determinado tipo de planta já tenha sido importado antes, qualquer novo lote precisa passar novamente por todo o procedimento de autorização e quarentena.

    “Hoje, a regra é que cada nova introdução é um novo processo e, consequentemente, passa por quarentena. Estamos falando de importações de material vegetal destinadas à pesquisa ou experimentação”, lembra Benito. 

    Mas será que a Bahia realmente pode se tornar uma terra de tamareiras? Na verdade, palmeiras já são uma realidade na região, como destaca Paulo Sérgio Menezes, diretor-geral da ADAB. “Já temos duas propriedades produzindo tâmaras com sucesso no município de São Gabriel, na região de Irecê. As plantas começaram a frutificar em apenas três anos e meio. Com o manejo correto, conseguimos colher frutos em até dois anos e meio.” 

    As tamareiras de São Gabriel foram plantadas há mais de uma década por um uruguaio que decidiu apostar na cultura. O fazendeiro acabou voltando para seu país, mas deixou um legado: árvores que sobreviveram e estão produzindo frutos. O que antes era um experimento isolado agora pode se tornar uma grande oportunidade econômica. 

    A tâmara pode ser mais do que uma fruta exótica no estado – pode se tornar um negócio bilionário. Atualmente, o Brasil importa todas as tâmaras que consome. A empresa árabe Al-Fuar, uma das parceiras do projeto, exporta 600 toneladas por ano para o país. Se a Bahia conseguir produzir localmente, não apenas poderá substituir essas importações, mas também se tornar exportadora da fruta para toda a América Latina. 

    O entusiasmo é evidente. Nos últimos meses, engenheiros agrônomos dos Emirados Árabes percorreram o semiárido baiano. Visitaram o oeste do estado, inspecionaram o solo, analisaram a umidade e testaram a qualidade da irrigação. Voltaram otimistas. “A expectativa é que a Bahia produza tâmaras de qualidade superior às cultivadas no Oriente Médio”, afirmou Menezes.

    A combinação de um clima seco e quente com tecnologia de irrigação pode ser a chave para que essa cultura ganhe força na Bahia. Nos Emirados Árabes, as tamareiras sobrevivem com pouca água, o que também faz com que cresçam lentamente. No semiárido baiano, a irrigação pode acelerar o processo e garantir uma produção ainda mais eficiente. 

    Por enquanto, o futuro das tamareiras baianas ainda é uma aposta. Caso as primeiras árvores sejam plantadas agora, levarão alguns anos para dar os primeiros frutos. 

    “O cultivo da tamareira é uma grande oportunidade para o semiárido brasileiro, pois a planta se adapta bem a climas quentes e secos. Com irrigação controlada e manejo adequado, as primeiras colheitas podem ocorrer entre quatro e seis anos após o plantio. Quando a planta atinge a maturidade plena, pode produzir de 60 a 180 kg de tâmaras por ano, tornando-se uma cultura altamente rentável. Atualmente, o Brasil depende da importação da fruta, mas com investimentos na produção nacional, temos o potencial não só de abastecer o mercado interno, como também de exportar para outros países da América Latina”, explica Joice Serrão, engenheira agrônoma e especialista em cultivos tropicais e semiáridos. 

    O consumo de tâmaras no Brasil tem crescido. Segundo dados do Ministério da Agricultura, em dez anos, as importações da fruta aumentaram de 776 toneladas para mais de 4,3 mil toneladas, um crescimento de 53,5%. Uma das razões para essa alta pode ser a busca crescente por alternativas alimentares mais saudáveis. 

    “As tâmaras são uma excelente fonte natural de energia e podem ser usadas como alternativa ao açúcar refinado. São ricas em fibras, que auxiliam na digestão, e contém minerais como potássio, ferro e magnésio. Além disso, por serem naturalmente doces, podem substituir adoçantes artificiais em receitas, tornando-se uma opção interessante para quem busca uma alimentação mais saudável”, destaca Marleide Silva, nutróloga especialista em alimentação funcional.

    Nordeste informa com Correio 24 horas.

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