O que é um conclave?
O conclave nada mais é do que uma reunião do Colégio de Cardeais, os mais altos dignitários da igreja, que tem como objetivo eleger o novo papa em uma votação secreta. Ele acontece na Capela Sistina, no Vaticano. A palavra que dá nome ao evento vem do latim, “cum clavis”, que significa “fechado à chave”.
O motivo? Os cardeais ficam isolados do resto do mundo e não deixam o local no qual são hospedados até que a votação seja concluída. Essa atitude é tomada para impedir que pressões externas interfiram no processo.
Com a morte do papa Francisco, a Igreja Católica entra em um período de luto e, em breve, terá a missão de eleger um novo líder. Esse processo, marcado por tradição, rigor e muito sigilo, é conhecido como conclave — e pode levar dias para ser concluído. Para se ter uma ideia, o mais longo da história durou nada menos que dois anos e nove meses. Ao longo do tempo, o rito passou por várias mudanças e adaptações.
De acordo com um levantamento da Sala Digital Band Google, baseado em dados do Google Trends, o interesse dos brasileiros pelo termo “conclave” disparou após a morte do papa. Pensando nisso, reunimos as principais dúvidas — e suas respostas — sobre como funciona a escolha do novo pontífice.

Quando começa o conclave?
Pelas regras atuais do Vaticano, o conclave deve começar entre 15 e 20 dias após a morte do papa. Sendo assim, na teoria, é estimado que a votação comece entre os dias 6 e 11 de maio. No entanto, ainda não foi divulgada uma data oficial.
Em fevereiro de 2013, o papa Bento XVI estabeleceu uma nova regra que permite flexibilidade nesse prazo. Pela norma, o início do Conclave pode ser antecipado se todos os cardeais com direito a voto já estiverem no Vaticano. A eleição também pode ser adiada, em casos excepcionais, por “motivos graves”.
Ou seja, o início do Conclave depende da presença dos cardeais eleitores no Vaticano. A exceção são para os religiosos que estejam impedidos de comparecer por motivo de saúde, por exemplo.