Com o ex-presidente Jair Bolsonaro condenado e impedido de disputar cargos eletivos, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro admitiu que poderá se lançar candidata nas eleições de 2026. A declaração foi feita em entrevista ao jornal britânico The Telegraph e já movimenta os bastidores da política nacional.

Michelle Bolsonaro  não especificou para qual cargo pretende concorrer. Entretanto, dirigentes do Partido Liberal acreditam que o caminho mais provável seja uma candidatura ao Senado Federal, em um estado estratégico, onde o PL tem chances reais de vitória. Nos bastidores, contudo, não está descartada a possibilidade de disputar a Presidência da República. Uma ala expressiva do partido defende a manutenção do nome “Bolsonaro” no cenário presidencial, como forma de unir a base conservadora e manter viva a influência política do ex-presidente.

Em tom religioso, Michelle Bolsonaro  afirmou que está preparada para atender ao que considera ser um chamado divino. “Se, para cumprir a vontade de Deus, for necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para fazer tudo o que Ele me pedir”, declarou Michelle Bolsonaro .

Bastidores do PL e estratégia eleitoral

A entrada de Michelle Bolsonaro  na corrida eleitoral é vista como uma tentativa do PL de preservar o capital político do bolsonarismo, mesmo com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro. Desde 2018, o ex-presidente consolidou uma base fiel, que representa uma fatia significativa do eleitorado de direita e conservador no país. Ao lançar Michelle Bolsonaro , o partido pretende manter a força dessa marca, principalmente entre os evangélicos, setor no qual a ex-primeira-dama tem grande penetração.

Além disso, aliados de Bolsonaro enxergam em Michelle Bolsonaro  uma figura capaz de atrair o voto feminino, ponto considerado uma das fragilidades do ex-presidente em disputas anteriores. Com sua imagem ligada a pautas religiosas, de família e costumes,Michelle Bolsonaro poderia ampliar o alcance do bolsonarismo para além do eleitorado tradicional.

Cenários possíveis

Especialistas apontam que uma candidatura ao Senado seria um movimento mais seguro, já que as chances de vitória são maiores e exigem menos articulação nacional. Contudo, caso o PL decida apostar alto, Michelle Bolsonaro poderia ser lançada como candidata à Presidência ou até mesmo como vice numa chapa encabeçada por outro nome da direita, garantindo a presença do sobrenome Bolsonaro na disputa de 2026.

Análises políticas

Cientistas políticos avaliam que a possível candidatura de Michelle Bolsonaro representaria um fator de reorganização na direita brasileira. Para alguns analistas, sua entrada no pleito poderia fortalecer a coesão da base conservadora, que hoje se mostra fragmentada entre diferentes lideranças. Por outro lado, há dúvidas sobre sua experiência e capacidade de conduzir uma campanha nacional de forma independente, sem a presença direta de Jair Bolsonaro.

Repercussão

Dentro do PL, a fala da ex-primeira-dama foi recebida com entusiasmo por parte dos aliados mais próximos do ex-presidente. Para eles, Michelle Bolsonaro  pode ser a peça-chave para manter a influência do partido em nível nacional. Já setores da oposição avaliam que sua candidatura seria uma estratégia de continuidade do bolsonarismo, mas ainda cercada de incertezas sobre sua viabilidade política e eleitoral.

Nos próximos meses, a definição do papel de Michelle Bolsonaro nas eleições de 2026 deve se tornar um dos principais pontos de articulação dentro do PL e do campo conservador, ao mesmo tempo em que atrairá a atenção de todo o cenário político nacional.



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