A Câmara dos Deputados se prepara para votar, na próxima quarta-feira (1º), o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês. A proposta, de autoria do governo federal, foi confirmada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e terá como relator o deputado Arthur Lira (PP-AL).

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Plenario da Camara foto divulgação

Avanço das conversas no Congresso

Durante reunião do Colégio de Líderes, realizada nesta terça-feira (23), Lira apresentou seu parecer, que mantém a cobrança de uma alíquota extra progressiva para os contribuintes de maior renda. Essa medida tem como objetivo equilibrar as contas públicas e compensar a renúncia fiscal provocada pela isenção concedida às faixas mais baixas.

De acordo com o relatório, quem recebe acima de R$ 600 mil anuais passará a pagar uma tributação adicional, chegando ao teto de 10% para rendas superiores a R$ 1,2 milhão por ano. Além disso, o deputado ajustou a faixa de renda beneficiada com redução parcial do IR, ampliando o limite de R$ 7 mil para R$ 7,35 mil mensais.

Impacto social da isenção

A medida é considerada estratégica, sobretudo para os trabalhadores de renda média e baixa. Ao retirar da tributação quem ganha até R$ 5 mil, o governo busca aliviar o orçamento de milhões de brasileiros, especialmente em um cenário de alta no custo de vida.

Esse grupo, que inclui servidores públicos, profissionais liberais, pequenos empreendedores e trabalhadores da iniciativa privada, representa uma parcela significativa da classe média. A desoneração deve estimular o consumo interno, gerar mais movimentação econômica e, ao mesmo tempo, reduzir desigualdades sociais.

Segundo especialistas, a correção da tabela do Imposto de Renda vinha sendo aguardada há anos, já que a defasagem penalizava justamente os contribuintes que não se enquadravam nas faixas de maior renda, mas também não tinham acesso a benefícios fiscais relevantes.

Trâmite acelerado

O projeto (PL 1.087/25) já havia sido aprovado em agosto para tramitar em regime de urgência, o que garante prioridade na pauta do plenário da Câmara. Com isso, a expectativa é que a votação seja concluída ainda no início de outubro, permitindo que as novas regras possam entrar em vigor já em 2026.

Redistribuição de carga tributária

Na prática, o texto busca uma redistribuição mais justa da carga tributária. Enquanto os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil ficarão isentos, os contribuintes de maior poder aquisitivo passarão a arcar com uma tributação adicional, fortalecendo o princípio da progressividade fiscal.

Portanto, o projeto representa um avanço importante para o equilíbrio social e econômico do país. Afinal, o projeto de um lado, garante mais renda disponível para milhões de brasileiros; de outro, cria mecanismos de compensação para que os mais ricos contribuam proporcionalmente mais.

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