Leandro Xavier Timóteo, presidente do Grupo Educacional Faveni, comenta o marco histórico e avalia que a modalidade é a grande porta de entrada para democratizar o acesso
O Censo da Educação Superior 2024, divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Inep, confirma um marco histórico: pela primeira vez, o Brasil tem mais alunos matriculados em cursos de graduação a distância do que presenciais. Dos 10,22 milhões de estudantes no país, 5,18 milhões estão no EAD, o que representa 50,75% do total.
A modalidade, que já vinha se expandindo nos últimos anos, passou a liderar definitivamente o ensino superior brasileiro, refletindo uma mudança no perfil do estudante, nas demandas sociais e no próprio papel das instituições privadas.
Para Leandro Xavier Timóteo, presidente do Grupo Educacional Faveni, referência nacional no setor, o resultado reforça a importância da democratização da educação.
“Esse é um momento histórico para o Brasil. O EAD se consolidou como a principal porta de entrada para milhões de pessoas que antes não tinham acesso à graduação. Estamos falando de mães, trabalhadores, jovens do interior, profissionais que conciliam estudo e carreira. O ensino a distância veio para dar voz e oportunidade a todos”, afirma o executivo.
O estudo mostra que dois em cada três ingressantes em 2024 escolheram o EAD, foram 3,34 milhões de novos alunos, contra 1,66 milhão em cursos presenciais. Desde 2014, enquanto os cursos presenciais tiveram queda de 30% nas matrículas, o EAD cresceu 360%.
Timóteo lembra que a modalidade evoluiu muito em qualidade e tecnologia nos últimos anos: “Hoje, estudar a distância não significa estudar sozinho. Plataformas modernas, acompanhamento próximo e polos físicos de apoio transformaram a experiência do aluno. O ensino híbrido, que combina momentos presenciais e virtuais, é a realidade que vai se fortalecer daqui para frente”, ressalta.

Com mais de 300 polos em funcionamento e nota máxima no MEC, o Grupo Educacional Faveni acompanha de perto essa transição e projeta crescimento contínuo. A instituição oferece cursos de graduação, mais de 1.500 opções de pós-graduação, além de extensão e idiomas, tanto presenciais quanto a distância.
Apesar das novas regras anunciadas pelo Ministério da Educação, que limitam a oferta do EAD em áreas como saúde e licenciaturas, o presidente do Grupo acredita que o setor seguirá em expansão: “As regulamentações são necessárias para garantir qualidade. O que não pode acontecer é confundir regulação com restrição de acesso. Nosso compromisso é trabalhar dentro das normas, mas sem perder o foco no que mais importa: permitir que cada brasileiro tenha a chance de se formar e realizar seus sonhos”, conclui Timóteo.