O Nordeste vive em 2025 um momento econômico histórico. Em entrevista à Exame, o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, afirmou que a região está crescendo acima da média nacional, com recordes em geração de empregos, avanços sociais e investimentos robustos nos setores de infraestrutura, energia limpa, agropecuária familiar e indústria sustentável.

Paulo Camara presidente do Banco do Nordeste foto Ed Alves CB D A Press
Paulo Camara presidente do Banco do Nordeste foto Ed Alves CB D A Press

Entenda os Fatores que impulsionam o desenvolvimento do Nordeste em 2025

Segundo Paulo Câmara, alguns dos elementos centrais que explicam esse desempenho são:

  1. Investimentos federais direcionados
    O Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) destina cerca de 42% dos recursos federais ao Nordeste, o que fortalece obras de infraestrutura, logística, saneamento e mobilidade.
  2. Programas estratégicos como a Nova Indústria Brasil (NIB)
    A NIB já mobilizou cerca de R$ 9,5 bilhões em crédito via Banco do Nordeste em áreas-chave como cadeias produtivas sustentáveis, transição energética e infraestrutura social.
  3. Avanços no emprego e na diminuição da desigualdade
    A região registra taxas históricas de emprego, com queda significativa no desemprego, e também melhorias sociais importantes — por exemplo, na segurança alimentar — com o Brasil “saindo do mapa da fome”. Essas conquistas têm peso especial no Nordeste, que historicamente convive com desafios de vulnerabilidade.
  4. Foco em energia limpa e agricultura familiar
    O Nordeste reafirmou sua posição de liderança no setor de fontes renováveis — eólica, solar — e já se prepara para o hidrogênio verde. Além disso, houve crescimento de 126% no crédito rural para agricultura familiar nos últimos dois anos e meio, com o BNB assumindo quase 90% dos contratos dessa categoria no país.

Números chave de 2025 para o Nordeste

Indicador Situação / Valor Impacto esperado
Participação do Novo PAC ~42% dos recursos federais destinados ao Nordeste Melhora na infraestrutura, saneamento e mobilidade regional
Crédito via NIB pelo BNB R$ 9,5 bilhões Fortalecimento de cadeias produtivas e transição energética
Investimentos totais do BNB para 2025 Aproximadamente R$ 70 bilhões Dinamização da economia regional, inclusive para pequenas empresas
Percentual dedicado a pequenos negócios 62% dos investimentos do BNB Apoio a microempreendedores, geração de emprego local
Crescimento do crédito rural familiar +126% nos últimos 2,5 anos Fixação de população no campo, soberania alimentar

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Desafios que ainda precisam ser superados

Apesar dos avanços, Paulo Câmara ressalta que há obstáculos a enfrentar para consolidar o crescimento do Nordeste:

  • Infraestrutura: estradas, portos, energia e transporte público ainda demandam ampliação e modernização para seguir suportando o ritmo de investimento.
  • Capacitação de mão de obra: para que as cadeias produtivas se fortaleçam, é essencial que haja programas de formação técnica e profissional voltados para as novas demandas, especialmente em indústrias limpas e renováveis.
  • Garantia de sustentabilidade: tanto ambiental quanto social; assegurar que os avanços não acentuem desigualdades internas nos estados nordestinos ou prejudiquem o meio ambiente.
  • Acesso a crédito e financiamento: especialmente para pequenos produtores e microempreendedores, garantir prazos e condições que façam sentido para quem está no início ou em áreas mais remotas.

O que significa para o Brasil

Para Paulo Câmara, apostar no Nordeste não é apenas uma questão regional, mas sim chave para o futuro do país. Ele enfatiza: “Quem não conhece ainda o potencial da região vai conhecer. Afinal, o Nordeste cresce mais do que o país, tem oportunidades em todos os setores e o Banco do Nordeste é o parceiro certo para quem quer investir.”

Portanto, Esse cenário indica que os esforços em políticas públicas, crédito estratégico e energia renovável podem colocar o Nordeste como verdadeiro motor do desenvolvimento brasileiro, contribuindo para reduzir desigualdades, gerar inovação e tornar mais sustentável o crescimento nacional.



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