O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou nesta sexta-feira, por meio de suas redes sociais, a revogação dos vistos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de seus aliados na Corte e de familiares próximos. A medida ainda não foi formalizada por canais diplomáticos oficiais, mas já repercute fortemente no cenário político brasileiro.

Rubio, conhecido por suas posições conservadoras e proximidade com setores da direita latino-americana, não detalhou os motivos da revogação. No entanto, segundo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governo norte-americano, atualmente sob a presidência de Donald Trump, estaria avaliando a aplicação da chamada Lei Magnitsky ao caso.

A Lei Magnitsky, aprovada em 2012 durante o governo de Barack Obama, permite aos Estados Unidos impor sanções econômicas a indivíduos acusados de corrupção ou violações graves dos direitos humanos. A legislação inclui medidas como bloqueio de bens e contas bancárias em território americano, além da proibição de entrada no país.

Originalmente, a lei foi elaborada como resposta à morte do advogado russo Sergei Magnitsky, que denunciou um esquema de corrupção envolvendo autoridades da Rússia e morreu em 2009, enquanto estava preso em Moscou. Em 2016, uma emenda ampliou o escopo da legislação, permitindo que qualquer pessoa envolvida em corrupção ou violações de direitos humanos possa ser sancionada.

A notícia dividiu opiniões. Parlamentares da base bolsonarista celebraram a iniciativa como um “sinal de apoio à liberdade e à democracia”, enquanto críticos veem o gesto como uma interferência indevida nas instituições brasileiras.

Até o momento, o Supremo Tribunal Federal e o Itamaraty não se pronunciaram oficialmente sobre a declaração de Rubio. A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil também não confirmou a adoção de sanções formais. O episódio pode aumentar a tensão diplomática entre os dois países e acirrar ainda mais o debate político interno.



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