Novo polo de inovação fortalece economia regional e abre oportunidades para a juventude baiana
A Bahia acaba de dar um passo decisivo rumo ao protagonismo nacional no setor aeroespacial com a inauguração do Parque Industrial e Tecnológico Aeroespacial da Bahia, localizado na Base Aérea de Salvador. Este é apenas o segundo complexo do tipo no Brasil, ao lado do já consolidado polo de São José dos Campos (SP). O investimento de R$ 650 milhões em infraestrutura, realizado com apoio do Governo da Bahia, marca um novo capítulo na economia do Nordeste.
O empreendimento é fruto da articulação entre o Governo Estadual, o Ministério da Defesa, a Força Aérea Brasileira e o SENAI CIMATEC, consolidando uma estrutura de ponta que já nasce com duas empresas instaladas, quatro em fase de implantação e uma turma inaugural do curso técnico de Manutenção em Aeronaves — gratuito e voltado à capacitação de jovens de baixa renda.
Nordeste como protagonista na indústria aeroespacial

A instalação do parque em Salvador representa um marco estratégico para descentralizar o desenvolvimento tecnológico do Brasil, levando inovação de alto impacto para o Nordeste. Segundo o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, a escolha da capital baiana foi estratégica:
“A Base Aérea de Salvador possui infraestrutura completa, com pista operacional e ampla área disponível. Isso favorece a atração de empresas do setor, posicionando a Bahia como um dos principais polos aeroespaciais da América Latina.”
Formação técnica e geração de empregos qualificados


Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida, o projeto representa uma resposta rápida e eficiente do setor público às demandas por inovação:
“Estamos criando um novo ciclo econômico, baseado na indústria aeronáutica e na economia do conhecimento. A juventude baiana terá acesso direto a oportunidades de formação e inserção em uma cadeia de altíssima qualificação.”
Entre os beneficiados está Fábio Pinto, de 41 anos, ex-mecânico automotivo que agora ingressa na área aeronáutica com grandes expectativas:
“Esse curso me permite sonhar mais alto sem sair da Bahia. Em dois anos, quero estar trabalhando com aviões.”
Polo de pesquisa, inovação e alta tecnologia
O parque terá foco também em pesquisa e desenvolvimento (P&D), abrigando empresas dos setores de drones, mobilidade aérea urbana (eVTOL) e engenharia aeronáutica. De acordo com o superintendente de novos negócios do SENAI CIMATEC, André Oliveira, estão previstas graduações e pós-graduações especializadas, incluindo Engenharia de Sistemas e Aeronáutica:
“Nosso objetivo é criar uma cadeia produtiva robusta e um centro de inovação de referência internacional.”
Já o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Augusto Vasconcelos, destaca o impacto social:
“O curso de mecânico de aeronaves oferece formação gratuita com alta empregabilidade e salários acima da média, preparando jovens da periferia de Salvador para atuar em um setor estratégico.”
Portanto, a criação do Parque Aeroespacial da Bahia consolida o estado como um novo centro de inovação no país, gerando empregos qualificados, fomentando a educação técnica e posicionando o Nordeste como um importante elo na cadeia produtiva aeroespacial. É um movimento estratégico que combina inclusão social, desenvolvimento econômico e soberania tecnológica.
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