O senador Rodrigo Paz Pereira e o ex-presidente Jorge "Tuto" Quiroga

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O senador Rodrigo Paz Pereira e o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga disputarão segundo turno em 19 de outubro na Bolívia
    • Author, Atahualpa Amerise
    • Role, BBC News Mundo

O senador Rodrigo Paz Pereira e o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga disputarão a presidência da Bolívia em segundo turno.

Eles foram os dois candidatos mais votados nas eleições presidenciais deste domingo (17/8), marcadas por uma profunda crise econômica no país, uma oposição dividida e uma ruptura dentro da esquerda e do partido Movimento ao Socialismo (MAS), que perderá o poder duas décadas após a primeira vitória eleitoral de Evo Morales em 2005.

Rodrigo Paz (Partido Democrata Cristão) obteve mais de 1.561.000 votos (32,08%) e Quiroga (Aliança Livre) ultrapassou 1.311.000 (26,94%), segundo resultados preliminares divulgados pelo Tribunal Supremo Eleitoral com mais de 90% dos votos apurados.

Em seguida, vieram o empresário Samuel Doria Medina — que, segundo as pesquisas, era o favorito — com 19,93% e o principal candidato de esquerda, Andrónico Rodríguez, com 8,15%.

O partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) sofreu uma derrota histórica, terminando em sexto lugar, com 3,14% dos votos.

Paz, que se apresenta como uma figura da renovação política centrista, e Quiroga, mais alinhado à direita conservadora, se enfrentarão no dia 19 de outubro no segundo turno.

Isso é algo inédito, posto que, desde a introdução do sistema de segundo turno na Bolívia, em 2009, todas as eleições foram decididas no primeiro turno.

A Constituição boliviana estabelece que um candidato pode vencer a presidência no primeiro turno se obtiver mais de 50% dos votos válidos, ou pelo menos 40% com uma diferença de dez pontos percentuais sobre o segundo colocado.

O avanço de Paz e Quiroga para o segundo turno também anuncia uma mudança histórica na política boliviana, já que os cidadãos elegerão um presidente não esquerdista após quase duas décadas de governo do MAS.

O resultado confirma a fratura e o declínio da força política fundada por Evo Morales, que entrou na disputa dividida e com apoio eleitoral muito aquém do que caracterizou a política boliviana nos últimos 20 anos.

As eleições gerais deste ano foram convocadas para eleger um presidente, um vice-presidente, 36 senadores, 130 deputados e nove representantes em organismos parlamentares internacionais.

Reportagem em atualização



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