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    Início » As mulheres engravidadas e depois abandonadas por agentes da ONU: ‘Sumiu sem dizer nada’
    Brasil

    As mulheres engravidadas e depois abandonadas por agentes da ONU: ‘Sumiu sem dizer nada’

    17 de julho de 20256 Minutos de Leitura
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    Uma mulher sentada em uma cadeira branca, segurando uma foto em preto e branco de duas pessoas
    Article Information

      • Author, Ian Wafula
      • Role, BBC News
    • Há 14 minutos

    Apesar do Sol escaldante e do ar sufocante, Dimitri (nome fictício), de 12 anos, se esconde dentro da modesta casa de chapa de ferro da mãe em Birere, um assentamento informal em Goma, no leste da República Democrática do Congo.

    “Ele não quer enfrentar as provocações das outras crianças por causa do seu cabelo cacheado e pele clara”, diz sua mãe, Kamate Bibiche, que conversou com a BBC antes de Goma cair nas mãos dos rebeldes do M23, em janeiro.

    “Ele (Dimitri) é russo, mas talvez nunca viva de acordo com sua verdadeira ascendência”, diz ela.

    Dimitri é um lembrete do doloroso legado da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco).

    Desde sua implantação, no fim de 1999, a missão enfrenta denúncias generalizadas de exploração e abuso sexual envolvendo mulheres e meninas.

    Kamate hesita antes de tirar uma caixa empoeirada escondida embaixo da sua cama.

    Dentro dela, estão suas únicas lembranças de Yuriy, o homem que ela diz ser o pai de Dimitri. Ela contém um chapéu militar surrado e uma fotografia antiga dos dois juntos.

    Kamate conheceu Yuriy em uma noitada, e diz que se sentiu atraída por sua personalidade calma. O casal teve um relacionamento de três meses.

    “‘Ele não era como os outros homens. Ele me amava e me tratava muito bem. Foram os melhores três meses que já tive”, recorda Kamate.

    Yuriy, assim como muitos agentes da paz que interagem com as comunidades locais, revelou pouco sobre sua verdadeira história ou credenciais.

    “Ele era um agente da paz da ONU”, diz Kamate.

    “Ele sabia que eu estava grávida, e prometeu cuidar de nós. Mas depois desapareceu sem dizer uma palavra, como se não significássemos nada para ele.”

    Ela diz que não tem como entrar em contato com seu parceiro russo, uma vez que o número de telefone que ele usava foi desconectado.

    Abuso de poder

    Embora Kamate tenha entrado no relacionamento por vontade própria, de acordo com uma resolução das Nações Unidas adotada pela assembleia geral em 2005, ele ainda é considerado exploratório.

    Essa política reconhece o desequilíbrio de poder inerente entre as equipes da ONU e as populações locais vulneráveis, o que pode tornar qualquer relacionamento sexual exploratório, mesmo que pareça consensual.

    A resolução insta os Estados membros a fazer justiça às vítimas, responsabilizando os perpetradores quando eles forem enviados de volta a seus países de origem.

    Quando questionada sobre o paradeiro do namorado de Kamate, a porta-voz da Monusco, Ndeye Lo, disse ao serviço de notícias em russo da BBC News que não há contingente de tropas na missão, afirmando que “apenas alguns policiais e oficiais de estado-maior trabalham na sede”.

    Ela diz que a missão não pode dar acesso aos registros de oficiais russos específicos que serviram em 2012 “por razões legais”.

    A BBC tentou localizar Yuriy, inclusive nas redes sociais em russo, mas não conseguiu encontrá-lo.

    Denúncias graves

    Muro com arame farpado na entrada na Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas

    Crédito, Getty Images

    Legenda da foto, Um relatório de 2024 indicou um aumento nas denúncias de abuso sexual relacionadas às missões da Monusco

    O leste da República Democrática do Congo vive décadas de conflitos, enquanto as forças governamentais lutam contra grupos rebeldes que querem controlar a região rica em minerais.

    Em janeiro, Goma caiu nas mãos dos rebeldes do M23, apoiados por Ruanda. Cerca de 7 mil pessoas morreram nos combates quando os militantes tomaram a cidade, de acordo com o primeiro-ministro da República Democrática do Congo.

    As Nações Unidas estimam que mais de 8 milhões de pessoas estão atualmente desalojadas, o que representa uma das maiores crises de desalojamento interno do mundo. Muitas pessoas lutam contra a pobreza extrema e a falta de acesso a necessidades básicas, como comida, água e abrigo, expondo mulheres e meninas particularmente vulneráveis à exploração.

    Quando a BBC conversou com Maria Masika (nome fictício), ela havia acabado de chegar a Goma, vinda da cidade sitiada de Sake, ao norte da cidade.

    Lá, soldados do governo estavam enfrentando combatentes rebeldes, mas acabaram sendo derrotados. Maria estava visivelmente abalada — ainda em choque com o intenso tiroteio que havia testemunhado.

    ‘Ele sabia que eu era menor de idade’

    Masika viajou para Goma para ver Queen, sua filha de 8 anos, que mora com a avó na cidade por segurança.

    Com apenas 17 anos, Masika se envolveu com um agente da paz sul-africano lotado perto da base de Minugugi.

    “Ele sabia que eu era menor de idade”, diz ela.

    “Ele alugou uma casa perto da base, e me visitava sempre que estava de folga.”

    Após o nascimento de Queen, ele se tornou inacessível, abandonando Masika à própria sorte.

    Desesperada para sustentar a filha, ela diz que agora arrisca sua vida como profissional do sexo em Sake.

    Quando questionada sobre os relacionamentos entre integrantes das forças de paz da ONU e moradoras locais, a Força de Defesa Nacional da África do Sul diz que leva as denúncias a sério.

    “Sessões locais de tribunais militares são realizadas na área da missão onde há evidências confiáveis de exploração e abuso sexual, incluindo outras infrações disciplinares”, diz o porta-voz da organização, Siphiwe Dlamini.

    Uma mulher desfocada segurando um chapéu militar camuflado
    Legenda da foto, As denúncias de exploração e abuso sexual envolvem mulheres e meninas

    Na Congolese Family for Joy, um abrigo para crianças abandonadas e órfãs, pelo menos cinco crianças teriam sido concebidas por soldados da Monusco, e depois abandonadas por suas mães.

    “Com nossos parceiros, oferecemos apoio a cerca de 200 mulheres e meninas que sofreram exploração sexual por parte da equipe da Monusco”, diz Nelly Kyeya, diretora do centro.

    “Muitas delas enfrentam um forte estigma por parte de suas comunidades por recorrerem à prostituição para sobrevivência. Esse ostracismo muitas vezes as leva a abandonar os filhos”, explica.

    Sandrine Lusamaba, coordenadora nacional do Sofepadi, um grupo em defesa dos direitos das mulheres na República Democrática do Congo, disse à BBC que a falta de autoridade direta da ONU para processar os perpetradores de exploração sexual significa que muitos saem impunes.

    De acordo com ela, muitos Estados membros não cooperam para julgar seus soldados.

    Um relatório da ONU divulgado em março de 2024 indica um aumento nas denúncias de abuso e exploração sexual relacionadas às suas missões de paz e missões políticas especiais.

    Cem denúncias foram registradas em missões de paz e missões políticas especiais em 2023, um aumento em relação às 79 registradas em 2022. Esses incidentes envolveram 143 vítimas, sendo 115 adultos e 28 crianças, de acordo com as Nações Unidas.

    Notavelmente, a Monusco — incluindo a antiga Missão da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monuc) — foi responsável por 66 das 100 denúncias, destacando preocupações sobre a responsabilização dentro da missão.

    Política de tolerância zero

    “Quando são recebidas informações sobre possíveis denúncias de exploração e abuso sexual, as informações são avaliadas, e medidas concretas são tomadas”, diz a porta-voz da Monusco, Ndeye Lo.

    “Qualquer funcionário contra o qual uma denúncia tenha sido comprovada será marcado com uma bandeira vermelha em nosso sistema, impedido de continuar trabalhando (civis) ou de ser destacado (fardados).”

    A missão diz que capacita as supostas vítimas e seus filhos por meio do Fundo Fiduciário de Assistência às Vítimas, oferecendo capacitação e educação.

    Mas muitas mulheres e meninas, como Kamate e Maria, dizem que não tinham conhecimento do apoio disponível, enquanto outras continuam traumatizadas demais para buscar justiça.



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