A sessão plenária na Câmara dos Deputados foi marcada por um embate verbal entre o presidente da Casa, Hugo Motta , e o vice-líder da Minoria, Carlos Jordy . O confronto aconteceu durante a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, em meio a uma discussão sobre a retirada de um destaque apresentado pela oposição.
O episódio teve início quando Carlos Jordy questionou a condução dos trabalhos, afirmando que um destaque do Partido Liberal (PL) havia sido retirado sem a anuência do líder da legenda, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Diante da acusação, Hugo Motta reagiu com firmeza e rechaçou qualquer tentativa de intimidação.
“Esta presidência não funciona na base da ameaça”, declarou Motta, elevando o tom diante das críticas. O deputado paraibano ressaltou que a condução da votação seguiu os trâmites regimentais e que qualquer dúvida deveria ser tratada com base no diálogo e no respeito institucional.
Jordy, por sua vez, insistiu na crítica e acusou a presidência de atropelar a decisão da bancada. “A retirada do destaque não foi autorizada pelo líder do PL. Isso não pode ser feito de maneira arbitrária”, afirmou o parlamentar.
O impasse exigiu a intervenção de outros deputados e o adiamento temporário da votação para esclarecimentos sobre os procedimentos adotados. Apesar da tensão, os parlamentares retomaram os trabalhos pouco tempo depois, e a votação da PEC teve continuidade.
A Proposta de Emenda à Constituição em discussão trata do parcelamento do pagamento de precatórios, valores devidos pela União após decisões judiciais definitivas. O tema tem gerado debates intensos dentro e fora do Parlamento por seu impacto fiscal e orçamentário.
O bate-boca entre Motta e Jordy expõe o ambiente polarizado que ainda marca o Congresso Nacional, mesmo em temas de interesse coletivo. A liderança da Câmara reforçou que seguirá zelando pelo cumprimento do regimento e pela ordem nas deliberações legislativas.