
A alta hospitalar da enfermeira Núbia Martins, de 54 anos, foi marcada por aplausos de médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, região da Grande João Pessoa.
A homenagem aconteceu na última quarta-feira (11), após mais de quatro meses de internação por um AVC hemorrágico causado por uma malformação arteriovenosa (MAV).
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Núbia é natural de Brasília e estava em João Pessoa para passar férias quando começou a se sentir mal. Ela foi levada inicialmente à uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e ao Hospital de Trauma, sendo transferida em seguida para o Metropolitano, referência em neurologia. Ao chegar na unidade, foi internada na UTI e passou por uma série de intervenções.
Segundo o neurocirurgião Eduardo Guedes, o caso era grave e exigiu uma resposta rápida, incluindo uma reconstrução no crânio.
“Ela foi submetida a uma craniectomia descompressiva, à drenagem endoscópica do hematoma e, posteriormente, a uma cranioplastia reconstrutiva, que é uma reconstrução do crânio para evitar sequelas neurológicas. Todos os procedimentos foram bem-sucedidos, mesmo diante da complexidade”, explicou o médico.
Durante a internação, o quadro de Núbia se agravou com uma infecção e ela chegou a receber cuidados paliativos. No entanto, apresentou melhora progressiva e surpreendeu a equipe.
O marido, Edson Simões, acompanhou cada etapa da internação. Ele afirmou que o cuidado prestado no hospital foi essencial.
“A palavra é gratidão. Cada médico, enfermeiro, psicólogo e profissional desse hospital foi um instrumento de Deus. Nós chegamos de Brasília e fomos acolhidos com cuidado e dignidade. Hoje eu posso testemunhar o milagre que aconteceu aqui”, disse.
Mesmo com dificuldades na fala, Núbia agradeceu à equipe e ao esposo. Disse estar feliz por poder recomeçar e construir uma nova história.
A coordenadora de enfermagem da internação clínica, Robéria Oliveira, relatou que a recuperação emocionou os profissionais. Para ela, Núbia não foi apenas uma paciente. “Ela foi uma guerreira, uma de nós. Sua luta e sua força nos inspiram diariamente. Ver sua alta é como testemunhar um milagre que reafirma a importância do cuidado humanizado”, comentou.
Já a diretora do Hospital Metropolitano, Louise Nathalie, destacou que a recuperação da paciente reforça o trabalho feito na unidade. “Casos como o da Núbia e tantos outros que tivemos nos consolida cada vez mais como referência em alta complexidade”, afirmou.