SÃO LUÍS – No próximo dia 18, o Centro de Ensino de Educação Especial Padre João Mohana, localizado no bairro Vinhais, em São Luís, receberá o seminário “Educação e Terra: Juventude Quilombola e Educação Escolar”.
O evento visa fomentar o debate sobre a educação quilombola no Maranhão, reunindo jovens estudantes, educadoras/es, pesquisadoras/es e ativistas para discutir as especificidades e desafios da educação voltada para a juventude quilombola.
O seminário, promovido pela Ação Educativa, por meio dos projetos SETA e Território de Saberes, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação/SUPMODE, marca o lançamento do material intitulado “Indicadores da Qualidade na Educação: Relações Raciais na Escola – Juventude e Educação Escolar Quilombola”, que busca fortalecer a educação quilombola através da construção de indicadores específicos. A iniciativa surge em resposta à necessidade de um sistema educacional mais equitativo e sensível às especificidades culturais das comunidades quilombolas.
Durante o evento, serão discutidas questões como a implementação da Lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas, e as diretrizes curriculares para a educação quilombola. A programação inclui mesas de debate, apresentação de pesquisas, discussões abertas e manifestações culturais protagonizadas pela juventude quilombola.
Para Ednéia Gonçalves, coordenadora executiva da Ação Educativa, a construção de uma experiência escolar positiva exige que a escola articule de forma intencional os conhecimentos sistematizados pela ciência em suas diferentes áreas de conhecimento a outros saberes presentes nas culturas que historicamente resistem nos territórios. “No Maranhão, a articulação entre ‘educação e terra’ é incontornável pois indica a possibilidade da escola participar da luta coletiva pela valorização dos saberes ancestrais que sustentam o pertencimento e a resistência das comunidades em que se insere”, explica.
O seminário contará com a presença de representantes da Secretaria de Educação do Maranhão, da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular, do movimento quilombola e de diversas instituições de educação e pesquisa. Além disso, jovens quilombolas terão um espaço de protagonismo, trazendo suas experiências e reivindicações.
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