Na parte final do seu depoimento, o general Augusto Heleno afirmou que participou da transição do governo Bolsonaro para Lula e que procurou conduzir o processo “da melhor maneira possível”.

Ele também disse ter aberto as portas do Centro de Segurança Institucional (CSI) para o general Dias. “Demorou um pouco para ser indicado para ser ministro chefe do CSI. Quando soube da indicação, fiz questão de trocar ideias com ele.”

Questionado sobre os acontecimentos do 8 de janeiro, Heleno afirmou que estava em casa e tomou conhecimento dos fatos pela televisão. “Eu estava totalmente afastado, tinha encerrado meu ciclo no CSI.”

Heleno afirmou ser “bem capaz de ter havido” algum conhecido envolvido nos atos antidemocráticos, mas negou ter tido contato com manifestantes ou visitado presos.

Quanto a um possível afastamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, Heleno afirmou ao seu advogado que houve uma diminuição da frequência de suas visitas ao gabinete presidencial após a filiação de Bolsonaro ao PL.

“Não houve afastamento, isso está deturpado. Recebia o presidente diariamente. Logo no início do governo era uma atividade corriqueira, e pouca gente estava ali. Eu podia permanecer no gabinete, muitas vezes assistia às audiências de ministros com ele”, disse.

“Depois da filiação ao PL, tinha um monte de gente. Eu falava: ‘bom, tô fora’, e eu saía e ia para o meu gabinete, mas eu tinha acesso assegurado ao gabinete do presidente; o gabinete me era franqueado.”



Source link

Compartilhar.
Exit mobile version