A histórica romaria de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, acaba de ser oficialmente reconhecida como patrimônio cultural nacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (8) o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, tornando a celebração um bem cultural imaterial do Brasil.
A princípio, a iniciativa partiu do deputado federal Arthur Maia (União Brasil). Dessa forma, visa fortalecer políticas públicas de apoio ao turismo religioso e à segurança dos romeiros.
O que muda com o reconhecimento?
Ao mesmo tempo, com a nova lei, o Governo Federal fica autorizado a implementar ações específicas para:
- 🛡️ Reforçar a segurança dos romeiros durante a peregrinação;
- 🎉 Promover celebrações, cultos e eventos religiosos;
- 🤝 Integrar os fiéis ao longo do trajeto até o santuário;
- 📝 Registrar a romaria no Iphan como bem cultural imaterial.
História e significado da Romaria
A romaria de Bom Jesus da Lapa é a terceira maior do Brasil, reunindo cerca de 600 mil fiéis por ano entre os dias 28 de julho e 6 de agosto. Sua origem remonta a 1691, quando o monge Francisco de Mendonça Mar descobriu uma gruta no sertão baiano e ali se estabeleceu, iniciando uma tradição que mistura devoção, narrativas fantásticas e forte impacto socioeconômico para a região.
Apesar da falta de registros históricos precisos, a tradição oral preserva relatos ricos em simbolismo, incluindo lendas sobre serpentes e feras que teriam testemunhado a chegada do monge.
Dados da Romaria de Bom Jesus da Lapa
Item | Detalhe |
---|---|
Localização | Bom Jesus da Lapa, Bahia |
Período | 28 de julho a 6 de agosto |
Público Anual | ~600 mil romeiros |
Impacto Econômico | Geração de empregos e movimentação do turismo regional |
Reconhecimento | Patrimônio Cultural Nacional (Lei sancionada em 08/09/2025) |
Propositor da Lei | Deputado Arthur Maia (União Brasil) |
Importância Cultural e Turística
Além do significado religioso, a romaria é um motor econômico para o interior da Bahia, gerando empregos e movimentando o comércio local. O reconhecimento como patrimônio nacional abre portas para investimentos em infraestrutura, segurança e promoção turística, consolidando o evento como um dos pilares culturais do Nordeste.