A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um informe de segurança que reforça os perigos à saúde provocados pelo uso de alisantes capilares que contêm substâncias proibidas, como o formol (ou formaldeído) e o ácido glioxílico. De acordo com o órgão, esses produtos, quando irregulares, podem causar desde irritações na pele e nos olhos até problemas respiratórios graves e danos irreversíveis à estrutura dos fios.
A Anvisa esclarece que o formol só é autorizado no Brasil em cosméticos como conservante, com limite de até 0,2%, e como endurecedor de unhas, em concentração máxima de 5%. O uso da substância como agente alisante é terminantemente proibido e representa sérios riscos à saúde do consumidor e dos profissionais que manuseiam esses produtos em salões de beleza.
O informe também chama atenção para o ácido glioxílico, amplamente utilizado em procedimentos de alisamento apesar de proibido para essa finalidade. A substância, ao ser aquecida, libera gases tóxicos que podem causar severas reações alérgicas, queimaduras no couro cabeludo, queda capilar e dificuldades respiratórias. O risco aumenta significativamente quando o produto é associado a outros procedimentos químicos, como a descoloração dos fios.
A agência alerta que muitos desses produtos são comercializados de forma clandestina, inclusive pela internet, sem o devido registro sanitário. Por isso, recomenda que os consumidores verifiquem se o cosmético possui número de registro ou notificação na Anvisa antes de utilizá-lo. A orientação é buscar sempre por marcas reconhecidas, com aprovação legal e testadas de acordo com os padrões de segurança.
A Anvisa reforça a importância da denúncia em casos de uso de produtos irregulares, que pode ser feita pelo canal oficial da Ouvidoria da agência ou pelos órgãos de vigilância sanitária locais. O objetivo é proteger a saúde pública e coibir a comercialização de cosméticos que coloquem em risco a integridade dos consumidores.
A recomendação final é que procedimentos de alisamento sejam realizados com cautela, por profissionais qualificados, e com produtos devidamente regularizados, garantindo não apenas o resultado estético, mas, principalmente, a segurança de quem os utiliza.