Uma alimentação saudável e equilibrada é crucial para que seja mantida uma boa saúde, e o Dia Internacional da Mulher, trazendo à tona a importância do papel da mulher na sociedade, torna necessária a discussão sobre os cuidados necessários para a sua saúde, sendo sempre enfatizado o fator alimentação. E entre as tantas atribuições que as mulheres têm em sua rotina, a nutricionista Isabela Costa revela que o segredo do sucesso para a boa saúde alimentar é a organização.
Em meio a correria do dia a dia, é comum às mulheres a rendição às refeições práticas, que nem sempre são nutricionalmente ideais, mantendo-as longe da alimentação ideal baseada em alimentos de fontes naturais e saudáveis. Para se esquivarem deste cenário, a nutricionista Isabela explica que o necessário é uma organização prévia das suas refeições. “É preciso ser trabalhado uma rotina com uma organização equilibrada, que tenha realmente uma alimentação mais saudável e mais disciplinada mesmo”, explica Isabela.
Para que seja mantida a saúde da mulher, a nutricionista explica que o indicado é, além de manter uma alimentação equilibrada, também ter uma boa ingestão de água e uma rotina do sono adequada. Mas, principalmente, Isabela alerta que é necessário as mulheres manterem-se distantes dos alimentos de caráter inflamatório. “Quando falamos em inflamação, é principalmente evitar o álcool, que é o nosso principal ponto de inflamação, e também alimentos ricos em açúcares, embutidos, e alimentos muito condimentados”, alertou a nutricionista.
A inflamação causada por alimentos está associada ao alto consumo de alimentos inflamatórios que, quando consumidos de forma excessiva, podem desencadear o processo inflamatório no corpo, aumentando o risco de doenças cardíacas e metabólicas. Os alimentos inflamatórios podem desbalancear o microbioma intestinal, prejudicando as bactérias benéficas do intestino, e também podem desencadear a maior produção de substâncias inflamatórias.
Mulheres saudáveis em todas as idades
Para jovens mulheres, a nutricionista percebe que a idade, entre 13 e 15 anos, é uma idade em que o buscado são as alimentações rápidas, o que acaba sendo refletido no tipo de alimento escolhido por essas garotas. “É preciso ser priorizada a organização da alimentação dessas jovens para que, dentro e fora de casa, elas consigam manter desde cedo o bom consumo de frutas, legumes, verduras e vegetais no geral, que costumam ser muito difíceis para esse público”, enfatizou Isabela.
“Na nutrição pediátrica e na pediatria se fala muito sobre a introdução alimentar, mas o que também precisa ser pensado é uma forma de introduzir esses alimentos na vida das crianças de uma forma que ele permaneça no decorrer da vida”, conta. A nutricionista também recomenda que o costume de levar as marmitas precisa ser difundido desde cedo na população, pra que seja visto como algo comum, e não associado erroneamente à dietas restritivas.


A disciplina é a chave para que os bons hábitos sejam seguidos rotineiramente, e Isabela conta que saber resistir aos alimentos de caráter maléfico para a saúde é algo difícil, porém necessário. “Os desejos e as vontades sempre vão existir. Então nós sempre teremos vontade de tomar um sorvete ou de comer um fast food. Isso é uma coisa que não vai deixar de acontecer, até porque são alimentos muito mais palatáveis, que quando consumimos, sentimos muito mais prazer do que comer a mesma coisa de forma regrada todos os dias”, explica.
Para mulheres adultas, Isabela reflete que, após muitos anos seguindo dietas restritivas ou frustrantes tentativas de emagrecer, essas mulheres podem ter uma relação mais difícil com os alimentos, tornando mais difícil seguir planos alimentares de forma eficaz. “O ideal é fugir do comum, mas ainda dentro da alimentação saudável, trabalhando com uma rotina de organização mais equilibrada, com mais alimentos saudáveis e, também, de forma disciplinada”, afirma a nutricionista Isabela.
No caso de idades próximas à menopausa, a profissional conta que a sua principal recomendação é uma dieta de maior potencial desinflamatório, rica em vegetais e proteínas magras. “O que eu mais tendo a trabalhar com esse público é realmente evitar o consumo de açúcar, por ser algo mais inflamatório, podendo estar dificultando ainda mais essa parte hormonal”, explica.
Além dos cuidados para cada idade, a nutricionista conta que o passo inicial que recomenda para as suas pacientes é o ajuste do consumo de água e a rotina de sono, para que possa ocorrer uma maior adequação dos hábitos e consumos. Isabela explica que o consumo de água mínimo indicado é de 35ml por quilo da paciente, e que, para que ocorra a desinflamação recomendada por ela, além do consumo adequado de água e uma boa rotina de sono, deve ser sempre priorizado uma alimentação mais limpa. “Sempre aconselho as pacientes a andarem com suas frutas e seus lanches já prontos, para evitar comer na rua, e também evitar as ‘beliscadas’, pois são pontos onde vamos perdendo o controle do consumo”, conta Isabela.