
Na maioria das vezes, os empregos mais atrativos não são divulgados publicamente, mas preenchidos por meio de referências e recomendações de pessoas com quem mantemos contato.
Portanto, um networking sólido, que pode levar à formação de conexões poderosas, abre portas para empregos que frequentemente desconhecemos.
Segundo um relatório do Departamento de Estatística do Trabalho dos Estados Unidos e da Universidade de Yale, 70% de todos os empregos são obtidos por meio de contatos e networking.
Uma pesquisa da Career X Roads revelou que apenas 15% das posições foram preenchidas por plataformas de emprego. Essa pesquisa demonstrou que a grande maioria dos empregos nunca é divulgada publicamente.
Outro estudo realizado por pesquisadores da Universidade Queen Mary (Londres), com 41 mil startups, analisou empresas em seus estágios iniciais e identificou uma relação notável: aquelas que estabelecem sólidas conexões profissionais na fase inicial, isto é, no momento em que investidores avaliam seu potencial de crescimento, tendem a desfrutar de um sucesso econômico mais duradouro.
Parcerias estratégicas têm um imenso potencial para abrir portas, conectando-nos a pessoas que podem colaborar em projetos conjuntos e oferecer oportunidades de crescimento para novos negócios.
O networking é também uma forma altamente eficaz de encontrar esses parceiros, apoiadores e colaboradores. Quando somos conhecidos e respeitados por nossos pares, as chances de sermos considerados para oportunidades relevantes aumentam, assim como nossa presença em eventos pessoais.
Nesse contexto, podemos fazer referência ao conhecido ditado popular “diz-me com quem andas e direi quem tu és” para enfatizar a importância de escolhermos cuidadosamente nossos contatos e a vital necessidade de construir conexões poderosas e significativas.
A essência desse ditado está relacionada à ideia de que somos influenciados pelas pessoas com quem passamos mais tempo. Nós tendemos a “modelar” aqueles que admiramos.
Vale mencionar também a frase frequentemente atribuída ao empreendedor e autor estadunidense Jim Rohn: “Você é a média das pessoas com quem mais convive.” Essa afirmação nos lembra de que nossas escolhas de companhia exercem um impacto significativo em nossas vidas.
Portanto, é fundamental sermos seletivos em nossos relacionamentos e conscientes da influência que exercemos sobre os outros e vice-versa, compreendendo que nosso círculo social e o ambiente que frequentamos fazem toda a diferença.
Uma vantagem notável de desenvolver um networking de qualidade é a oportunidade de manter um processo contínuo de aprendizado. Com a orientação adequada, podemos investir de maneira mais assertiva em um processo de lifelong learning (em tradução livre, “aprendizado contínuo”), fundamental para nosso desenvolvimento profissional e pessoal contínuo.
O lifelong learning é um princípio que destaca a importância de adquirir conhecimento e habilidades de forma constante, independentemente da idade ou do estágio da carreira. Em um mundo em constante transformação, caracterizado por avanços tecnológicos e sociais acelerados, essa prática é fundamental.
Nos Estados Unidos, a cultura do aprendizado contínuo já está profundamente enraizada na mentalidade das pessoas. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center, 73% dos entrevistados se consideram adeptos do lifelong learning, ou seja, são verdadeiros entusiastas do aprendizado ao longo da vida.
É notável que o lifelong learning atinja seu potencial máximo quando combinado com um networking intenso e bem direcionado. Em síntese, a busca por conhecimento transcendeu as paredes das salas de aula e as páginas dos livros.
Hoje em dia, a internet oferece uma ampla gama de oportunidades para quem deseja aprofundar seus conhecimentos ou explorar novos horizontes em áreas específicas. Cursos online, palestras, podcasts e vídeos democratizam o acesso ao saber, permitindo que pessoas comuns tenham contato com especialistas de diversos campos.
Relações profissionais são diferentes das relações comerciais comuns. Elas são especiais porque envolvem um alto grau de influência, colaboração e abertura à vulnerabilidade. Quando construímos relações profissionais, estamos dispostos a ouvir diferentes pontos de vista, aprender com os outros e até mesmo mudar nossas próprias opiniões.
Janguiê Diniz é fundador e presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional, Fundador da JD Business Academy, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo e da ABMES – Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior