Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) participou de uma importante reunião com a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e a Associação Nordeste Forte na última segunda-feira (4), em Recife. Dessa forma, o encontro teve como foco principal minimizar os efeitos do tarifaço de Trump e fortalecer a Política Industrial Brasileira na região.

Com o aumento das tensões nas relações comerciais entre Brasil e EUA, o setor produtivo nordestino busca alternativas para manter sua competitividade. Entre as soluções discutidas estão o fortalecimento do mercado interno, linhas de crédito facilitado e maior diversificação de mercados exportadores, reduzindo a dependência de um único destino comercial.

Principais propostas em debate contra o tarifaço

Tema Propostas e Ações Impacto Esperado
Efeitos das Tarifas EUA-Brasil Busca por novos mercados, fortalecimento do comércio interno, negociações diplomáticas. Redução da dependência comercial dos EUA e proteção da indústria regional.
Nova Política Industrial Brasileira (NIB) Territorialização das ações, priorização de investimentos em infraestrutura e inovação. Desenvolvimento industrial equilibrado e inclusivo no Nordeste.
Financiamento e Crédito Linhas de crédito facilitado para indústrias, apoio a pequenos e médios empreendedores. Manutenção de empregos e continuidade das atividades produtivas.
Chamada Nordeste (R$ 10 bilhões) Atração de projetos alinhados com a NIB, incentivo à instalação de novas indústrias. Geração de empregos e desenvolvimento econômico regional.
Infraestrutura Logística Aceleração de obras como a Ferrovia Transnordestina. Redução de custos e aumento da competitividade das exportações.
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Fortalecimento do diálogo e ações conjuntas

A princípio, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou a importância do diálogo permanente não apenas com os EUA, mas também com outros mercados internacionais:

“Temos que continuar conversando para que o Brasil e o Nordeste não fiquem reféns de uma única rota comercial. O Estado brasileiro tem um poder de compra significativo que pode ajudar, priorizando o abastecimento interno.”

Ao mesmo tempo, Cassiano Pereira, presidente da Associação Nordeste Forte, reforçou a necessidade de articulação entre estados e União:

“Queremos diminuir a desigualdade industrial e encontrar soluções coletivas para este cenário desafiador.”

Já Bruno Veloso, presidente da Fiepe, enfatizou a importância da construção conjunta de soluções:

“O momento exige diálogo para acelerar a viabilização de medidas que protejam nossa indústria.”

Sudene articula o desenvolvimento regional

Antes de mais nada, a autarquia tem sido peça-chave na promoção de políticas públicas e investimentos que impulsionam o Nordeste. Recentemente, lançou a Chamada Nordeste, que disponibiliza R$ 10 bilhões para projetos industriais alinhados com as diretrizes da Nova Indústria Brasil (NIB). Além disso, trabalha para viabilizar grandes obras de infraestrutura, como a Ferrovia Transnordestina, essencial para o escoamento da produção regional.

Assim, o encontro reforçou a necessidade de união entre governo, setor privado e entidades industriais para enfrentar os desafios impostos pelo cenário econômico internacional. Com medidas estratégicas e investimentos direcionados, o Nordeste busca reduzir vulnerabilidades e fortalecer sua base produtiva, garantindo desenvolvimento sustentável e geração de empregos.

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