Crédito suplementar fortalece Fundo de Desenvolvimento do Nordeste e impulsiona maior obra ferroviária da região
O governo federal deu mais um passo decisivo para destravar a infraestrutura logística do Nordeste. Nesta semana, o presidente em exercício Geraldo Alckmin sancionou a Lei nº 15.158, que libera R$ 816,6 milhões em crédito suplementar ao Orçamento Fiscal da União. Em seguida, os recursos serão direcionados ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), administrado pela Sudene, com aplicação direta em projetos ferroviários da região.
Meta é finalizar a Transnordestina até dezembro de 2026
A princípio, a medida tem como principal objetivo reforçar o financiamento da ferrovia Transnordestina, considerada a maior obra de infraestrutura em andamento no Nordeste. Além disso, esse novo montante será aplicado por meio da conversão em debêntures da TLSA (Transnordestina Logística S.A.), concessionária responsável pela construção da linha férrea.
Recursos do Finor serão reaplicados no setor ferroviário

Inicialmente, o crédito suplementar autorizado permitirá a utilização de valores arrecadados com o segundo leilão de recompra de cotas do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor), realizado em março deste ano. De acordo com Heitor Freire, diretor de Gestão de Fundos da Sudene, esses recursos funcionarão como um aporte adicional à obra da Transnordestina.
“Essa é uma obra estratégica, com potencial de transformar a logística do Nordeste e impulsionar o desenvolvimento regional. Já iniciamos trechos importantes e a previsão de conclusão é dezembro de 2026”, afirmou Freire.
Obras avançam no Ceará e novo trecho inicia em Quixadá
Em junho, foi assinada a ordem de serviço para mais 46 km de ferrovia, atravessando os municípios de Quixadá, Itapiúna, Capistrano e Baturité, todos no estado do Ceará. A extensão total da Transnordestina será de 1.207 quilômetros, ligando Eliseu Martins (PI) ao Porto de Pecém (CE).
Dessa maneira, desde 2024, a Sudene já aplicou R$ 3,8 bilhões por meio do FDNE no empreendimento. Assim, com a nova liberação, o total autorizado chega a R$ 7,4 bilhões, dos quais R$ 400 milhões já foram repassados.
Projeto de impacto regional e nacional
O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, enfatizou que a conclusão da Transnordestina representa um divisor de águas para o Nordeste. A obra conectará três estados — Piauí, Pernambuco e Ceará — e permitirá uma integração logística mais eficiente, facilitando o escoamento de produção e atraindo novos investimentos.
“Essa ferrovia ficou paralisada em governos anteriores e ganhou fôlego novamente na gestão do presidente Lula. Com a união da Casa Civil, Sudene, Ministério da Integração e apoio do Congresso, vamos garantir sua conclusão como uma ação estratégica para o desenvolvimento regional”, afirmou Cabral.
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Pernambuco retoma ramal da Transnordestina via Novo PAC
Além das obras no Ceará, o governo federal também retomou a construção do ramal pernambucano, que havia sido retirado da concessão da TLSA em 2022. O trecho de 544 km, que vai de Salgueiro ao Porto de Suape, será executado pelo Ministério dos Transportes, com previsão de R$ 450 milhões em investimentos via Novo PAC.
Dessa maneira, a liberação do crédito suplementar de R$ 816,6 milhões para a Transnordestina consolida o compromisso do governo federal com o fortalecimento da infraestrutura logística e o desenvolvimento econômico do Nordeste. Afinal, com investimentos robustos e prazos definidos, a obra promete transformar a dinâmica de transporte na região.
Além de gerar emprego e renda, a ferrovia representa um passo estratégico rumo à integração nacional, à modernização do modal ferroviário e à inclusão do Nordeste nos grandes corredores de exportação do país. Portanto, com ações coordenadas entre Sudene, ministérios e o Congresso Nacional, a Transnordestina se consolida como símbolo de retomada, eficiência e visão de futuro para o Brasil.
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