Com a inauguração da nova biorrefinaria da Inpasa no município de Balsas (MA), o Nordeste brasileiro dá mais um passo decisivo para consolidar sua participação no mapa agroenergético nacional. O evento, realizado na sexta-feira (1º), marcou o início da operação de uma das maiores plantas de etanol de milho e sorgo do país, elevando o Brasil ainda mais entre os principais produtores mundiais de etanol de grãos.

Potência em produção e sustentabilidade na Matopiba

A unidade de Balsas possui capacidade para processar anualmente 2 milhões de toneladas de milho e sorgo, gerando aproximadamente:

  • 925 milhões de litros de etanol;
  • 490 mil toneladas de DDGS (subproduto para nutrição animal);
  • 47 mil toneladas de óleo vegetal.

Além disso, a planta adota o modelo de economia circular, operando com cogeração de energia a partir de biomassa, reforçando a eficiência e a sustentabilidade ambiental.

Brandão participa da inauguração da Inpasa em Balsas

Desenvolvimento regional e impacto social

O projeto foi erguido em tempo recorde, gerando mais de 4.500 empregos diretos e indiretos durante a fase de construção. Atualmente, mais de 500 pessoas estão empregadas na operação da unidade, com prioridade para trabalhadores locais.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, destacou que o projeto só foi possível graças ao apoio total do governo estadual, com isenção fiscal e segurança jurídica. Segundo ele, “a planta representa esperança para os jovens da região sul do estado, promovendo desenvolvimento e geração de renda”.

O prefeito de Balsas, Alan Douglas de Oliveira, ressaltou que a chegada da Inpasa impulsiona a economia local, movimenta o comércio e estimula novos investimentos.

Brandão participa da inauguração da Inpasa em Balsas Foto_Gilson_Teixeira_001

Matopiba como nova fronteira agroenergética

Para Eder Odvar Lopes, presidente da Inpasa, a escolha de Balsas se deu pela elevada produtividade agrícola e pela estratégica localização logística da região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Segundo Gustavo Mariano, vice-presidente do grupo, “a nova planta representa não apenas uma conquista industrial, mas uma vitrine da expansão do setor para além do Centro-Oeste”.

Projeção nacional da Inpasa

Criada em 2006 no Paraguai e presente no Brasil desde 2018, a Inpasa é hoje a maior biorrefinaria de etanol de grãos da América Latina. Atualmente, opera com sete unidades industriais, sendo:

  • Brasil: Sinop (MT), Nova Mutum (MT), Dourados (MS), Sidrolândia (MS), Balsas (MA);
  • Paraguai: Nova Esperança e São Pedro;
  • Em construção: Luís Eduardo Magalhães (BA).

Expansão da Inpasa no Brasil e América Latina

Localidade Estado/País Status Produto Principal
Sinop Mato Grosso Operacional Etanol de milho
Nova Mutum Mato Grosso Operacional Etanol de milho
Dourados Mato Grosso do Sul Operacional Etanol de milho
Sidrolândia Mato Grosso do Sul Operacional Etanol de milho
Balsas Maranhão Operacional Etanol de milho e sorgo
Luís Eduardo Magalhães Bahia Em construção Etanol de milho
Nova Esperança Paraguai Operacional Etanol de grãos
São Pedro Paraguai Operacional Etanol de grãos

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Foco em sustentabilidade e inovação

A Inpasa possui capacidade instalada para produzir 5,8 bilhões de litros de etanol por ano. Também gera:

  • 3 milhões de toneladas de DDGS;
  • 245 mil toneladas de óleo vegetal;
  • Mais de 1.500 GWh de energia elétrica renovável.

Entre 2021 e 2024, a companhia reduziu em 43% a intensidade de emissões por tonelada de milho processado. Em 2024, investiu R$ 4,9 bilhões em expansão e inovação e emitiu 1,3 milhão de créditos de descarbonização (CBIOs).

A empresa é líder brasileira na exportação de DDGS e possui certificação internacional ISCC CORSIA, que permite o fornecimento de insumos para combustíveis sustentáveis de aviação (SAF).

Compromisso com o Nordeste

Com a unidade em Balsas e o projeto em andamento na Bahia, a Inpasa reafirma seu compromisso com a valorização da região Nordeste. A expansão contribui não apenas para a transição energética do Brasil, mas também para a dinamização da economia e a geração de oportunidades em regiões historicamente menos industrializadas.

O Nordeste, cada vez mais, se firma como protagonista no cenário agroenergético nacional.

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