Estado planeja reativação de poços no campo de Roncador e aposta em escoamento para a costa como estratégia de barateamento da molécula

A Petrobras está intensificando esforços para aumentar o volume de gás natural disponível na costa brasileira. A princípio, o foco é na redução do custo do insumo para consumidores e indústria. A afirmação é da presidente da estatal, Magda Chambriard, que concedeu coletiva de imprensa na última quinta-feira (3/7).

De acordo com a executiva, embora os resultados não sejam imediatos, a estatal trabalha de forma contínua para estruturar soluções que garantam maior acesso ao gás e contribuam para a competitividade do setor energético no país.

“Estamos comprometidos em entregar o gás natural ao menor preço possível. Isso requer tempo, pois o processo não é instantâneo e exige adaptações estruturais”, afirmou Chambriard.

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Magda Chambriard 4 Foto-Joedson-Alves

Gás mais barato depende da chegada à costa

Magda ressaltou que parte das dificuldades está por conta da infraestrutura das plataformas da companhia. Ao mesmo tempo, muitas delas não foram originalmente projetadas para escoar gás para o continente. Ainda assim, a presidente destacou que há um movimento técnico e estratégico sendo executado para ampliar o escoamento.

“Quanto mais gás conseguirmos trazer para a costa, mais competitivo será o preço final para a sociedade”, disse.

Reativação de poços no campo de Roncador

Entre as iniciativas em andamento, a Petrobras anunciou que vai retomar a produção de gás natural em dois poços do campo de Roncador, localizado na Bacia de Campos, que estavam desativados desde 2007. A previsão é que um dos poços volte a operar ainda neste mês de julho, com capacidade de produção diária de até 1,5 milhão de metros cúbicos de gás.

Essa retomada faz parte da estratégia da estatal de aumentar o volume interno de produção. Isso pode contribuir diretamente para a oferta doméstica e, consequentemente, para a diminuição dos preços da molécula.

Governo aposta em leilões para baratear o gás

A redução do preço do gás natural tem sido prioridade na agenda energética do Governo Federal. Assim o Ministério de Minas e Energia (MME) trabalha na estruturação de um leilão do gás da União — proveniente das áreas sob regime de partilha. Esta é uma alternativa para ofertar gás ao setor produtivo com valores inferiores à metade dos praticados atualmente.

Portanto, para que isso aconteça, será necessário um acordo com a Petrobras sobre os custos de escoamento e processamento do insumo. Isto porque a infraestrutura utilizada está majoritariamente sob gestão da companhia.

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