O tradicional bloco Galo dos Perturbados abriu a noite do último dia de Carnaval no Centro Histórico de Natal, comemorando seus 15 anos de existência. A agremiação percorreu as ruas da Cidade Alta nesta terça-feira (4) e prestou homenagem à educadora, escritora e poetisa potiguar Nísia Floresta, representada por um dos bonecos gigantes do bloco.
“Começou como uma brincadeira ali na Praça João Tibúcio e, 15 anos depois, a gente vê o sucesso, porque traz a originalidade do bloco de Carnaval, com bonecos gigantes, frevo no pé e a galera muito animada. A Cidade Alta precisa e merece um bloco dessa magnitude”, destacou Naldo Alves, co-fundador do bloco.
Para os foliões, a autenticidade do Galo dos Perturbados é seu principal atrativo. “A Cidade Alta precisa de revitalização, de gente, de organização, e esse bloco traz essa raiz”, afirmou o folião Herberth Teixeira, que participa do desfile há dez anos.
A origem do nome do bloco remonta ao primeiro ano de desfile, quando uma vizinha reclamou que o grupo estava fazendo muito barulho. A partir disso, surgiu a ideia de usar o termo “Perturbados” para descrevê-los. Já a palavra “Galo” foi incorporada em homenagem à Igreja do Galo, localizada na Cidade Alta, onde o bairro teve origem. Para fazer parte do bloco, há um requisito essencial. “Perturbado é tudo na vida: é Carnaval, é festa, é folia e alegria, sem confusão. Perturbado só na alegria”, explicou o folião Arimateia, conhecido como “Careca da Cidade Alta”, integrante desde a fundação do grupo.
A programação do Polo Centro Histórico segue animada, com apresentações de Thábata Medeiros, Jaina Elne e Ramon Rodney. No Beco da Lama, os foliões se divertem ao som de orquestras de frevo, encerrando a noite com o show de Kanelinha.