O câncer de testículo, embora represente apenas cerca de 1% de todos os tumores malignos em homens, é o tipo mais comum entre aqueles com idade entre 15 e 35 anos. Segundo dados atualizados para 2025 pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar cerca de 1.700 novos casos da doença este ano — um número que reforça a importância da conscientização e do diagnóstico precoce.
Especialistas alertam que o tumor testicular costuma ter evolução silenciosa, o que dificulta o diagnóstico nas fases iniciais. “O câncer de testículo costuma evoluir de forma silenciosa e, muitas vezes, só é diagnosticado em fases mais avançadas. Sinais como aumento do volume testicular ou dor local devem ser sempre investigados”, afirma o urologista Nilo Jorge Leão, coordenador e fundador do Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica (IBCR).
De acordo com o urologista Nilo Jorge Leão, é essencial que homens jovens desenvolvam o hábito de observar mudanças no corpo e realizem o autoexame testicular com regularidade. O procedimento, simples e indolor, pode ser feito durante o banho e permite identificar alterações como nódulos, endurecimento ou sensações anormais na região.
Apesar da gravidade, o câncer de testículo tem altos índices de cura quando identificado precocemente. Quando diagnosticado nos estágios iniciais, o tratamento é altamente eficaz, com taxas de cura que ultrapassam os 95% dos casos.
O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo da fase em que a doença é descoberta. Com o avanço da tecnologia, procedimentos minimamente invasivos, como a cirurgia robótica, também têm sido cada vez mais utilizados, proporcionando melhor recuperação e menores impactos na qualidade de vida do paciente.
A recomendação médica é clara: diante de qualquer alteração, é fundamental procurar um urologista. O diagnóstico precoce é o principal aliado na luta contra a doença.