O Brasil tem enfrentado secas cada vez mais severas, e os impactos já superam as tradicionais estiagens no semiárido nordestino. Um estudo recente em todo o mundo da revista Science revelou que o país figura duas vezes no ranking das dez piores secas do mundo, com eventos extremos na Amazônia e no Sudeste.

A seca histórica que atinge o Brasil

Desde o segundo semestre de 2023, uma estiagem intensa tem assolado diversas regiões do país. Embora algumas áreas tenham apresentado sinais de alívio, estados como Amazonas e Acre continuam em estado crítico, com escassez de chuvas há quase dois anos. Manaus, por exemplo, registrou a pior seca em 121 anos, afetando diretamente mais de 600 mil pessoas.

Além disso, a seca de 2024 impactou cerca de 60% do território nacional, comprometendo biomas fundamentais, como Amazônia, Pantanal e Cerrado. A falta de chuvas, aliada ao calor extremo, favoreceu incêndios de grandes proporções no Pantanal e afetou drasticamente a produção agrícola.

chuva no sertão
Até cidades do Sertão registram chuvas intensas neste início de ano.

Impactos da seca em números

A tabela abaixo ilustra alguns dos principais impactos da seca entre 2023 e 2024:

Região/Bioma Impacto Principal Duração da Seca População Afetada
Amazônia Pior seca em 121 anos; rios secos 2 anos (desde 2023) 600 mil pessoas
Pantanal Incêndios devastadores Desde 2024 Não estimado
Cerrado Queda na produção agrícola Desde 2024 500 cidades afetadas
Sudeste Perdas agrícolas superiores a 80% Desde 2024 Milhares de produtores

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O que esperar para o futuro?

Assim, com as mudanças climáticas intensificando eventos extremos, especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas voltadas para a mitigação da seca. A preservação dos biomas, o manejo adequado dos recursos hídricos e investimentos em tecnologia agrícola são fundamentais para reduzir os impactos desse fenômeno crescente.

O Brasil já enfrenta desafios hídricos significativos e, se as projeções se mantiverem, secas severas podem se tornar cada vez mais frequentes em áreas antes consideradas menos vulneráveis. O cenário exige atenção imediata para evitar colapsos ambientais e econômicos em diferentes partes do país.

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