Estudo do FGV IBRE revela que a região Nordeste teve o maior crescimento de renda do país no 1º trimestre de 2025, impulsionada por geração de empregos e consumo interno.
De acordo com dados do Boletim Macro Regional Nordeste, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), a economia nordestina está em franca expansão. No primeiro trimestre de 2025, o rendimento real médio na região chegou a R$ 2.383, um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2024 – o dobro da média nacional, que ficou em 4%.
Apesar de o valor ainda representar cerca de 70% da média brasileira (R$ 3.410), o Nordeste se destaca pelo crescimento acelerado, com uma massa de rendimentos que atingiu R$ 53,7 bilhões – alta de 11,4% em 12 meses. Além disso, a região gerou 45,9 mil empregos formais apenas em maio, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Comparativo de crescimento entre o Nordeste e o Brasil
Indicador | Nordeste | Média Nacional | Destaque |
---|---|---|---|
Rendimento médio real | R$ 2.383 (+8%) | R$ 3.410 (+4%) | Nordeste cresce 2x mais |
Massa de rendimentos | R$ 53,7 bi (+11,4% em 12 meses) | – | Consumo interno em alta |
Geração de empregos (Caged – maio/2025) | +45,9 mil vagas | – | Serviços, indústria e construção lideram |
Estados com melhor desempenho | Bahia e Pernambuco | – | Maiores criadores de vagas |
O que impulsiona o crescimento do Nordeste?
Setor de serviços puxa empregos
- Comércio, turismo e tecnologia são os grandes responsáveis pela geração de vagas.
- Indústria e construção civil também contribuíram, mostrando diversificação econômica.
Políticas de formalização e qualificação
- Programas de capacitação profissional e microcrédito estão ajudando pequenos negócios.
- Aumento da contratação com carteira assinada reflete maior segurança no trabalho.
Resiliência em meio a juros altos
Mesmo com a Selic elevada, o Nordeste mantém consumo estável, impulsionado pelo aumento da renda.
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Desafios para manter o ritmo
Apesar do cenário positivo, especialistas alertam que o crescimento depende de:
🔹 Investimentos em infraestrutura (logística, energia, saneamento).
🔹 Mais acesso a crédito para pequenas e médias empresas.
🔹 Expansão de polos tecnológicos para atrair indústrias inovadoras.
Assim, os números mostram que a região está se tornando um importante motor da economia brasileira. Se o ritmo se mantiver, em alguns anos o Nordeste pode reduzir ainda mais a desigualdade de renda em relação ao Sudeste.